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Após duas semanas conturbadas entre os presidentes da República e Câmara dos Deputados, aonde chegaram a trocar algumas farpas publicamente por meio da imprensa e redes sociais, Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) parecem ter encontrado um meio termo e partido para a conciliação.
Bolsonaro que gosta de usar o exemplo do matrimônio em suas relações políticas diz que problemas podem acontecer e quando isto se dá, o diálogo é o melhor caminho para solucionar uma possível briga.
Na manhã desta terça-feira, ele usou novamente referências familiares para indicar que a crise política com Rodrigo Maia ficou para trás. Os dois se encontraram pela primeira vez desde que a série de ofensas se iniciaram. O encontro foi na abertura da Marcha em Defesa dos Municípios, que acontece em Brasília.
O tom conciliador, no entanto, começou com Rodrigo Maia que ao recepciona-lo disse que era um prazer estar com Bolsonaro no evento. Ele aproveitou para dar tom a reforma da Previdência e disse que caso ela não seja aprovada, “a classe política não conseguirá sair na rua nunca mais”.
Em resposta, Bolsonaro foi recíproco e direcionou seu discurso a Maia por três vezes. Chamou-o de “irmão”.
“Prezado irmão Rodrigo Maia, é um prazer estar com vocês”, afirmou direcionando a fala também a Davi Alcolumbre (DEM-AP) que também estava presente no evento.
O presidente também aproveitou a oportunidade para clamar apoio a reforma da Previdência. “Como disse Maia, não gostaríamos de ter de fazer a reforma previdenciária, mas somos obrigados a fazê-la”, salientou.
Ao fim do discurso de cada um eles trocaram algumas palavras mas não chegaram a delongar em alguma conversa. Com informações da Folha de São Paulo.
No fim do mês passado, Rodrigo Maia foi a imprensa pedir para que o presidente da República “saísse do twitter e fosse trabalhar” para aprovar a reforma da Previdência. Também criticou o pacote anti-crime apresentado por Sérgio Moro. Para ele, o que o ex-juiz apresentou não passava de recortes de propostas já apresentadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Jair Bolsonaro insinuou que as declarações eram porque seu sogro, Moreira Franco, havia sido preso à época. Na manhã desta terça-feira, um aceno ao diálogo. As discussões ficam para trás, como dois bons irmãos.