A queda da indústria goiana em outubro foi a segunda maior entre as unidades federativas brasileiras, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).
Em outubro, se comparado a setembro, a produção industrial goiana caiu 3,2%. Apenas o Rio de Janeiro, com -3,9%, teve resultado pior no período. Este foi também o maior recuo do estado desde o início da epidemia de covid-19.
O indicativo é o pior desde novembro do ano passado, quando a produção industrial de Goiás recuou 6,4%. Na comparação com outubro de 2019, o tombo é de 9,6%, interrompendo cinco meses seguidos de crescimento.
Em contrapartida, oito dos 15 locais pesquisados no país tiveram crescimento. Na média, a produção industrial nacional cresceu (1,1%) na mesma base de comparação, sendo o sexto mês seguido de crescimento.
Apesar do número ruim em outubro, Goiás mantém crescimento na indústria nos últimos 12 meses (1%) e no acumulado de 2020 (0,7%).
Alimentos e derivados de petróleo puxam baixa
A baixa foi puxada pela queda na produção de alimentos (-1,7%) e derivados de petróleo e biocombustíveis (-15%). Os dois setores têm grande peso na indústria goiana.
Todavia, a atividade de maior recuo foi a fabricação de farmoquímicos e farmacêuticos (-44,5%). Foi a maior queda da série histórica, mas ainda acumulando resultado positivo no ano (1,1%) devido aos grandes crescimentos em junho (26,0%) e julho (35,4%). As indústrias extrativas tiveram tombo de 27,5%).
Por outro lado, a única atividade que apresentou crescimento de produção foi a fabricação de produtos de minerais não-metálicos (9,1%), registrando o terceiro crescimento consecutivo, depois de agosto (9,0%) e setembro (11,7%).