Em outro vídeo, Bolsonaro aparece falando que meninas venezuelanas iriam ‘fazer programa’

Após polêmica sobre fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre “pintar um clima” com meninas venezuelanas em Brasília, internautas resgataram mais vídeos em que o candidato à Presidência da República aparece contando a mesma história. Em entrevista ao Podcast Collab, em 12 de setembro deste ano, Bolsonaro fala do episódio dizendo que as garotas se arrumavam para “fazer programa”.

Em trecho da entrevista, o presidente conta que avistou as meninas na rua durante passeio de motocicleta e que lhe chamaram a atenção. “Olhei para trás e tinha mais uma ou duas meninas bonitinhas, de uns 14, 15 anos de idade. Me chamou atenção. Meninas bonitinhas, num sábado.”

Durante o Podcast apresentado e destinado a jovens cristãos, Jair narrou a história polêmica da entrevista recente, dizendo que entrou na casa das meninas, alegando que elas estavam se arrumando para se prostituir. “Eu desci da moto. ‘Posso entrar?’ Daí vi que tinha umas 15 meninas dessa faixa etária, 14, 15 e 16 anos. Todas muito bem arrumadas, tinham tomado banho e estavam fazendo o cabelo. Vi que eram venezuelanas. Estavam se arrumando para quê? Alguém tem ideia? Quer que eu fale? Então eu vou falar! Para fazer programa”, disse.

Nas redes sociais, internautas relembraram outros eventos em que o presidente Bolsonaro aparece relatando a mesma história. Durante a cerimônia de abertura da Apas Show, que aconteceu em maio de 2022, em São Paulo, o presidente relata abertamente para platéia e imprensa que se surpreendeu com adolescentes venezuelanas bonitinhas na periferia de Brasília.

O assunto repetido chamou a atenção e repercurtiu negativamente nas redes nesta terça-feira (18). A esposa do oponente de Bolsonaro na corrida presidencial, Janja, chegou a publicar o vídeo em seu Twitter falando sobre sua indignação. “O “cidadão de bem” deveria ter denunciado se houvesse qualquer indício de exploração de menores. É essa proteção das famílias que ele prega?”, criticou a esposa de Lula (PT), Rosângela da Silva.