Em oposição ao juiz Sérgio Moro, o ex-ministro Gilberto Carvalho (PT) divulgou um vídeo pedindo que os militantes petistas viajem, sim, a Curitiba para acompanhar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para esta quarta-feira (10).
“Curitiba não é propriedade dos coxinhas”, afirmou.
“O clima é um clima de paz. Ao contrário do que andaram dizendo por aí, nós viemos com as mãos estendidas para o povo curitibano, que sabe que vai receber aqui não baderneiros, mas lutadores de seus direitos”, diz o ex-ministro, que gravou a mensagem já na capital paranaense.
Também em vídeo, divulgado no sábado, Moro havia pedido que os apoiadores da Operação Lava Jato não fossem ao Paraná se manifestar durante o depoimento.
O magistrado disse que pretendia evitar “alguma espécie de confusão”. “Acima de tudo, não quero que ninguém se machuque em eventual conflito ou discussão nessa data. Por isso a minha sugestão é: não venha, não precisa. Tudo vai ocorrer na normalidade.”
“Não te preocupe. Vai ser uma festa linda, uma festa democrática, pacífica”, rebate o ex-ministro, sem fazer menção direta ao juiz.
Carvalho afirma ainda que Lula, a quem chama de “bicho velho”, está “sereno” e “a mil por hora”. “Se Deus quiser vai ter um desempenho brilhante.”
O petista diz ainda no vídeo que a capital do Paraná fez uma das maiores manifestações durante a greve do dia 28 e afirma que os curitibanos são “um povo da luta, como nós”. “Curitiba não é propriedade dos coxinhas”, afirma.
Ele pede que os militantes “não entrem em provocações”. “Vai ser um clima de festa e de imensa solidariedade ao companheiro Lula, que corajosamente vai demonstrar pro Moro que não pode condenar quem não praticou crime, que não se pode condenar a partir de opiniões ou convicções.”
O Instituto Lula divulgou na noite de segunda-feira (8) uma imagem com cópia das cem mil páginas de documentos que foram juntadas ao processo entre os dias 28 de abril e 2 de maio.
Segundo texto publicado na página de Lula, “há seis meses advogados do ex-presidente pediram acesso aos documentos”.
Sob o título “por que a defesa de Lula pediu suspensão do processo do triplex”, a nota diz ainda que a Petrobras juntou as páginas “sem índice ou ordem cronológica”.
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