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Em nova fase da pandemia, Saúde de Goiás mira no monitoramento de contaminados e vacinados para conter Covid-19

A nova fase da pandemia, mais contagiosa por conta da ômicron, mas menos letal em decorrência da vacinação contra a Covid-19 mira, em vez de decretos de restrição das atividades comerciais, o monitoramento de contaminados. A declaração foi dada pelo secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino em entrevista ao Diário de Goiás. Para o titular da pasta, não faz mais sentido impor restrições e sim aumentar as regras de funcionamento, em especial, dos grandes eventos.

“Nesse momento que a contaminação maciça e massiva de praticamente todos os locais e pessoas, nós esperamos muito mais é saber quem são as pessoas, onde elas estão e se estão separadas das demais”, explica. O assunto já foi pauta de reunião que Alexandrino teve com secretários municipais de saúde. 

“Eu até comentei em uma das reuniões que tivemos chamando esse alerta a população, sobretudo aos gestores, que neste momento é preferível ter um determinado local funcionando com regras rigidas de funcionamento que eu tenha segurança de quem está lá está protegido com vacina e negativado com teste, do que não ter esse tipo de controle e ter outros tipos de limitação em número”, destaca.

Para ele, as restrições não trazem mais resultados como no começo da pandemia. As realidades são diferentes. “Do ponto de vista prático, limitar em número hoje, não tem tanto efeito assim. A ômicron pelos estudos, a gente observa, que uma pessoa contamina cinco. É preferível que num exemplo número, as 100 pessoas num evento estejam vacinadas e com teste negativo do que ter 50 pessoas sem exigência e uma contaminada que é capaz de transmitir para outras 5, 10 e assim multiplica exponencialmente. Isso do ponto de vista sanitário”, ponderou.

Agora, no entanto, é necessário mirar o controle de grandes eventos. Por exemplo, o carnaval de rua está proibido para este ano, mas eventos privados relacionados à festa, podem acontecer. Desde que haja controle das pessoas ali dentro. “Agora se existe a possibilidade, de um determinado clube, ter uma cobrança séria de controle de acesso exigindo a vacina e que as pessoas lá dentro estejam negativadas, fica muito mais fácil como controlar. No caso de cidades como Caldas Novas que além dos clubes, tem outros hotéis e resorts, que as vezes o controle seja mais dificil, o ingresso nesses hotéis e a estadia sejam exigidas medidas de controle”, pontua.

Não trata-se de conspiração sobre controle social da vida de pessoas. Longe disso. É mais uma ferramenta para agregar no combate à pandemia. “Do ponto de vista sanitário, ter ferramentas que se tiver um surto em determinado local, consigamos agir localmente. Eu não preciso fechar um comércio inteiro, se eu não tenho nenhum tipo de surto. Não faz sentido fechar todas as escolas, se não tem surto em nenhuma sala de aula. Os estudos tem evidenciado e deve sair uma síntese de evidência até no inicio da próxima semana, que os ambientes das escolas são até mais seguros que outros ambientes que a gente tem convivido.”

Entendendo a pandemia

Alexandrino reforça que a pandemia forçou uma preponderante alteração nas rotinas das pessoas e que a partir de agora, todos deverão ser colaboradores para dar fim à pandemia – ou conviver com ela. “Agora, precisamos entender a pandemia de forma ampla e macro. Temos desafios neste momento sociais, econômicos, tecnológicos e pedagógicos que compõem aquilo que chamamos de novo normal. Não dá para achar somente que ações do Estado, sejam elas assistencialistas, vão conseguir resolver. Não vai. Precisamos desse engajamento social”, pontua. 

Sem banalização pandêmica, o momento é de reforçar as medidas sanitárias – higienização, máscara e vacina – e continuar a viver. “Não é momento de banalizar o risco, mas é momento de uma vez vacinados com a armadura de vacina e máscara, prontas, devemos entre aspas, ‘buscar uma normalidade’, seja no convívio ou no trabalho, para que não tenhamos outros reflexos que durante dois anos já fomos absolutamente penalizados”, destacou.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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