O presidente da Bolívia Evo Morales anunciou à pouco, neste domingo (10/11) a realização de novas eleições, com um Tribunal Eleitoral renovado. Esse é mais um novo episódio da crise política boliviana que acentuou após a Organização dos Estados Americanos (OEA) concluir que o processo eleitoral de 20 de outubro não seguiu as regulamentações adequadas. O relatório da OEA também pontua que as eleições foram marcadas por irregularidades e que deveriam ser anuladas.
A Organização pediu a Morales que investigasse a vulnerabilidade que a comissão de auditoria encontrou na informação digital das eleições. Morales baixou a cabeça e aceitou a conclusão do relatório. Agora, o próximo passo será decidir os critérios para escolher os novos árbitros eleitorais para as eleições. Ele disse que irá anunciar isso ainda nas “próximas horas”. Morales também pediu a unificação e pacificação do país.
A oposição vem exigindo nova convocação e que além dela, Morales renuncie. Segundo os opositores, o atual presidente e sua cúpula foram os principais responsáveis pela fraude. Eles ameaçam inclusive, intervir militarmente para que a deposição de Evo aconteça.
O relatório da OEA não diz que Morales deva renunciar, por outro lado, ressalta que as novas eleições devam acontecer. O presidente se defende e diz que nunca pediu ajuda para ser beneficiado por qualquer tipo de fraude. Também alega que os que pedem sua saída ou mesmo renúncia, defendem um “golpe de estado”.