O contexto tenso que a Câmara dos Vereadores de Goiânia vive acabou reverberando na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) nesta terça-feira (07/03). Acusado em ser um dos principais responsável por irregularidades na Comurg, o que inclusive, fez com que vereadores abrissem a CEI para apurar atos ilícitos no órgão, o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos) não só se defendeu e ao destacar que era “bom de voto” disse que ainda será prefeito de Goiânia.
“Eu sou o deputado de Goiânia. Não vai demorar para eu estar naquele gabinete do Paço no quinto andar como prefeito de Goiânia. Não vai demorar. Pode escrever o que eu estou falando. Os mesmos que riam quando eu falava que ia ser vereador, eu já fui prefeito por quinze dias. Eu vou ser prefeito de Goiânia”, disparou.
Colega de partido do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), Clécio disse que quando o pastor licenciado da Universal não puder ser, ele estará pronto. “ Na hora que o Rogério não puder ser. Quando ele não puder ser, eu vou ser candidato e vou ser prefeito”, salientou.
Em um discurso teatral e cheio de expressões, Clécio vangloriou suas votações expressivas. “Eu sou bom de voto. Sou um cara bom de voto. É só olhar minha história. Essa casa vai se lembrar de mim como o único deputado na história desse poder que foi realmente de Goiânia. Inteiro, de corpo, alma e coração. Meu gabinete funciona do lado da minha casa. Nunca fechou atendendo o povo. Toda eleição eu sou o mais votado”.
Na Câmara, a CEI da Comurg começa a acelerar e durante essa semana os partidos irão fazer suas indicações. O vereador Ronilson Reis (PMB) acusa Clécio de enquanto vereador ter loteado a Comurg com indicações duvidosas. O parlamentar diz que irá dar a chance para todos os envolvidos se defenderem na Comissão.
Em defesa, Clécio desafia Ronilson a apresentar qualquer irregularidade. “Desafio este parlamentar a procurar na Comurg e encontrar um ato meu que me desabone. Eu não sou da laia dele e não sou um forasteiro como ele. Como vereador e ex-prefeito, tenho história e patrimônio político, e estou à vontade para investigar minha vida dentro e fora da Comurg”, rebateu.