Tão logo o juiz apitou o fim do jogo contra o Marrocos neste sábado, Cristiano Ronaldo desceu chorando para o vestiário. A derrota por 1 a 0 pôs fim à quinta campanha da estrela de Portugal em uma Copa do Mundo. Foi uma competição marcada por recordes do atacante, que também chorou antes de entrar em campo na estreia. Entre as lágrimas de emoção diante de Gana e as de dor contra o Marrocos, a história do camisa 7 no Qatar teve seu ponto final.
Foi uma Copa de muitos altos e baixos para o português, que chegou ao Mundial em crise em razão da saída no Manchester United. O atacante rescindiu o contrato com o clube inglês pouco antes do início da disputa, mas, no Qatar, pareceu imune a essa turbulência.
No primeiro jogo na competição, veio a resposta que tantos esperavam. Cristiano Ronaldo sofreu e converteu o pênalti que abriu a vitória de Portugal por 3 a 2 sobre Gana.
O gol feito contra as “Estrelas Negras” fez de Ronaldo o único jogador da história a marcar em cinco edições diferentes de Copas do Mundo FIFA. O português também se juntou ao seleto grupo de jogadores que entraram em campo em cinco torneios.
O atacante de 37 anos foi titular nas duas partidas seguintes na fase de grupos: o triunfo por 2 a 0 sobre o Uruguai e a derrota para a Coreia do Sul por 2 a 1. No entanto, uma decisão do técnico Fernando Santos mexeu com o destino de Cristiano na Copa. O comandante português promoveu a entrada do jovem Gonçalo Ramos ao time titular e decidiu sacrificar seu jogador mais famoso.
Então o jovem de 21 anos brilhou contra a Suíça, nas oitavas de final, marcando três gols na goleada por 6 a 1 de Portugal. A atuação de Gonçalo praticamente confirmou a manutenção de Cristiano entre os reservas, em condição em que ele começou também o jogo diante do Marrocos.
Neste sábado, perdendo a partida por 1 a 0, Fernando Santos chamou Cristiano para o jogo pouco depois do intervalo. A entrada em campo fez de Ronaldo o atleta com mais partidas por sua seleção na história do futebol. Se fizesse um gol, o atacante empataria com Eusébio na artilharia histórica de Portugal em Copas, com 9 gols. Mas este recorde não aconteceu.
Apesar de se movimentar e procurar as chances, o atacante não conseguiu empatar o placar. Sua melhor participação foi em ótima jogada de pivô feita para João Félix, que finalizou bem, mas parou na defesa do goleiro Bounou.
Com o apito final, as lágrimas escorreram pelo rosto de Cristiano Ronaldo. Era o fim do sonho da Copa para o craque português e toda sua nação. Pela quinta vez, ele não conseguiu dar o inédito título mundial para Portugal, nem mesmo levar o time de volta à semifinal, como em 2006, seu primeiro Mundial.
Foi assim que Cristiano Ronaldo disse adeus ao Qatar. Uma campanha cheia de momentos dignos da estrela, mas que deve parecer incompleta para alguém que sonhava tanto com o título mais cobiçado do futebol.
(Conteúdo – Fifa)