A maioria das mães goianienses deve ficar sem presente em 2020. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Grupom, divulgada nesta quinta-feira (7), que mediu a intenção de compras para o Dia das Mães em Goiânia. Houve uma queda acentuada, de 30,4% no número de pessoas que pretende presentear as progenitoras no próximo domingo (10).
De acordo com o Grupom, apenas 41% dos entrevistados declararam que têm intenção de comprar presentes para as mães, apesar da epidemia de Covid-19 na cidade. No ano passado, esse grupo representava 71,4%. Em contrapartida, 59% disseram que não comprarão presentes em 2020.
“Houve uma queda significativa na quantidade de pessoas que pretendem presentear em 2020 quando comparamos com 2019. Em 2019, 613 mil pessoas pretendiam presentear no Dia das Mães, em 2020 esse número caiu para 353 mil pessoas que pretendem presentear”, diz a pesquisa.
Apesar isolamento social, 52% daqueles que pretendem presentear indicaram que comprarão seus presentes em lojas físicas, contra 43,9% que o farão pela internet e 8,2% que ainda não sabem. Os que indicaram lojas físicas como local de compra, não souberam precisar em quais lojas e apresentaram dúvida de como farão as compras caso as lojas estejam fechadas devido ao coronavírus.
A grande maioria das pessoas que pretendem presentear nesse Dia das Mães não sabe qual presente comprarão (46,9%). Aqueles que já definiram o presente indicaram produtos de Perfumaria (18,4%) e Vestuário (16,3%) como os preferidos neste Dia das Mães
Tombo nos valores
Em relação aos valores, a queda é ainda mais expressiva. Em 2019, foram gastos cerca de R$ 164 milhões em presentes no Dia das Mães. Neste ano, a previsão do Grupom é de R$ 48 milhões movimentado pelo comércio na data em Goiânia. O tombo é de 70,7%.
O Dia das Mães é a segunda data comemorativa de maior venda no comércio, perdendo apenas para o Natal. Com a maior parte desses estabelecimentos fechados na capital, o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, diz que os números traduzem um “pesadelo”. Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, ele disse que o setor vem sofrendo com os quase 60 dias de paralisação das atividades comerciais e isso desencadeará um processo doloroso no estado.
“Pior que menos receitas é a possibilidade de que essas empresas não consigam reabrir quando permitido. A consequência é um grande desemprego. Muitas pessoas estão sendo demitidas, com a impossibilidade de manter salários. Isso é menos arrecadação e, consequentemente, mais pressão no setor público, pois as famílias não terão planos de saúde e vão para o hospital público, não conseguirão pagar escolas particulares e vão para as públicas. Assim, com menos receita e mais necessidade, vamos ver um momento muito difícil daqui para frente”, avaliou.