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| Em 3 anos atrás

Em Goiânia, Leonardo toma segunda dose da vacina contra Covid-19 e manda recado para sommeliers: ‘Tem que pensar nos outros’

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Uma das vozes mais importantes da música brasileira, o cantor sertanejo Leonardo tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 nesta terça-feira (27/07) em Goiânia e aproveitou para mandar um recado aos que estão com a segunda dose em atraso. “Voltamos aqui para tomar a segunda dose, você que não tomou, venha tomar a segunda dose para ficar livre e não passar isso [o vírus] para os outros”, fez o convite ainda no posto de saúde da capital.

Ele também aproveitou para mandar um recado aqueles que ainda não se vacinaram querendo escolher a marca ou laboratório do imunizante aplicado, os populares, ‘sommeliers de vacina’. “Não é o momento de ficar com essa bobagem de escolher vacina, ‘é essa a melhor’, [não] tem nada a ver isso, essa vacina veio para isso para combater a pandemia, se tem a vacina a, b ou c. Já tá comprovado que a eficácia são muito grandes com as duas doses juntas. Tem muita importância, você ficar livre disso, de passar isso para mãe, pai, pros seus filhos”, disparou.

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Medo de reações não pode impedir aplicação de doses

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Apesar de em alguns casos, promoverem fortes reações – como todas as vacinas já disponíveis para outras doenças – as pessoas devem tomar as duas doses do imunizante contra a Covid-19. Até mesmo a vacina da Jhonson & Jhonson – a Janssen – com dose única também pode promover suas reações. No entanto, isso não deve impedir a imunização.

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Até porque, os efeitos práticos de contenção ao coronavírus só são confirmados com as dupla aplicação. “As vacinas que estamos aplicando no Brasil têm efeitos demonstrados em estudos após as duas doses. Elas fornecem proteção ao contágio e na evolução de formas graves. Por isso a importância em tomar as duas doses”, destacou a infectologista Ana Rachel de Seni Rodrigues em entrevista ao Diário de Goiás.

Ana explica que as reações não são exclusividade das vacinas contra a Covid-19, em especial a AstraZeneca. “Todas as vacinas podem causar efeitos adversos, dor no local, dor no corpo leve, febre baixa. As vacinas podem ter esses efeitos. Mas são raros e leves, na maioria resolve em 24 a 48 horas pela própria forma de produção da vacina, que são vírus atenuados ou inativados. Não vai desenvolver a doença”, explica a infectologista.

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As correntes de notícias falsas têm prejudicado muito o processo de imunização. “Nós tivemos uma disseminação das fake news falando sobre a trombose, mas existem estudos que indicam uma porcentagem muito pequena. Até os países sérios que suspenderam o uso dela retornaram sua utilização”, pontua. 

De fato, em uma população de mais de 17 milhões de vacinados na Europa, a agência europeia de regulação de medicamentos (EMA – European Medicines Agency), o equivalente a Anvisa para o continente europeu, que chegou a suspender temporariamente a vacinação da AstraZeneca, constatou que existe uma possível reação à vacina de Oxford, mas com ocorrência de 0.00018%.

A dor da reação à vacina não é nada perto dos colaterais de pegar a própria doença. “A trombose é 0,000018% e num paciente internado a chance de ter uma trombose chega a 20%. Sem contar nas reinternações das pessoas que desenvolvem uma embolia pulmonar, um AVC, por exemplo”, pontua.

Rachel destaca a importância de todos se vacinarem para enfim, vislumbrar um possível fim da pandemia. E como isso é possível? “Quanto mais pessoas vacinadas menos o vírus circula, menos mutações e variantes que todos os dias estamos conhecendo novas, tem a chance de conhecer. Essa é a lógica. Diminui a circulação viral, menos pessoas adoecem e o efeito de menos casos graves.”

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.