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Categorias: Esportes
| Em 7 anos atrás

Em fim de carreira, Grafite dá expediente dentro e fora de campo no Santa Cruz

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Aos 38 anos, Grafite não esconde mais que esta deve ser sua última temporada como jogador profissional. Ele mesmo disse isso em sua apresentação no retorno ao Santa Cruz, destacando que só uma reviravolta o faria mudar de ideia. Mas enquanto desfruta dos últimos meses como atleta, ele já vai construindo os próximos passos para depois de pendurar as chuteiras.

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Há cerca de três semanas no Arruda, Grafite ganhou a posição de titular, voltando a fazer gol após longo jejum, e assumiu informalmente outras funções no clube.

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Ele faz a mediação de problemas no vestiário, ajuda a negociar a vinda de jogadores e trabalha como garoto-propaganda para o marketing.

O melhor exemplo para evidenciar a transição de Grafite, que pretende continuar no futebol como empresário ou dirigente, foi a recente chegada de Wálber. Se não opina sobre contratação, o ídolo tricolor faz ligações para empresários e jogadores para convencê-los a assinar com o Santa. Foi o que aconteceu com o lateral direito.

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Outro caso exemplar para dimensionar o papel de Grafite foi a contratação do treinador Marcelo Martelotte, ex-jogador do clube que assumiu pela terceira vez como treinador após a demissão de Givanildo Oliveira.

Martelotte era o treinador da equipe quando o Santa conseguiu seu ultimo acesso à Série A, após arrancada final na segunda divisão em 2015. Naquele ano, Grafite retornou do exterior e recusou ofertas de Vasco e Coritiba para fechar com o tricolor.

Segundo ouviu a reportagem de fonte que compõe o núcleo duro tricolor, a boa relação com Grafite, assim como o respeito da torcida e o conhecimento dos meandros do clube, foi importante na escolha por Martelotte -que escalou o atacante para discursar logo em sua chegada ao clube.

No marketing, a atuação de Grafite se dá principalmente de duas maneiras: nas ações publicitárias com torcedores, participando de programas e ações pontuais, e na tentativa de angariar novos parceiros comerciais, fazendo-se de ponte até mesmo com empresas estrangeiras em busca de investimento no Brasil.

Estes casos refletem uma escolha feita por Grafite ainda quando ele decidiu encerrar a carreira no Santa. Além de ter “adotado” Recife, onde construiu família e fincou raízes, o atacante de 38 anos optou pelo Arruda também porque conversou com dirigentes tricolores sobre suas perspectivas pós-aposentadoria.

Como publicou o UOL Esporte na coluna De Primeira, ele rejeitou oferta de R$ 100 mil reais do Internacional e aceitou salário de R$ 40 mil mensais no Santa tendo em vista as possibilidade de futuro e seu peso dentro do clube. Um dos fatores que poderia lhe ajudar no agenciamento de jogadores, inclusive, é o fato de ele ter feito carreira e contatos no exterior em lugares como Alemanha e Emirados Árabes, dois mercados afeitos aos jogadores brasileiros.

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