Categorias: Política

Em evento, Temer enaltece ‘diálogo entre empresários e trabalhadores’

Uma greve geral marcada para 28 de abril e articulada pelas maiores centrais sindicais do Brasil não impediu que o presidente Michel Temer enaltecesse repetidamente o “diálogo” entre patrões e trabalhadores para aprovar a lei que permitirá ampliar a terceirização do trabalho no país.

“Na modernização trabalhista, você sabe que houve diálogo entre empresários e trabalhadores”, disse o presidente nesta segunda-feira (10), em jantar que o homenageou no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo.
Juros em queda, inflação quase abaixo da meta, superávit comercial e o avanço de reformas “há muito tempo necessárias e que se tornaram inadiáveis”.

É idílica a cena política vendida por Temer a uma plateia que contou com o ministro Gilberto Kassab, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e o vice-governador de São Paulo, Márcio França – que representou Geraldo Alckmin, antes confirmado para discursar, mas ausente “por motivos pessoais”, segundo seu correligionário.

“As notícias boas, amigos, continuam chegando”, disse Temer a convidados que, como ele, eram em boa parte descendentes de libaneses.

Nenhuma palavra sobre as concessões que já assumiu que irão acontecer para passar a reforma da Previdência no Congresso, hoje resistente ao projeto proposto pela equipe econômica do governo.

O presidente comemorou a revisão para cima da nota de crédito da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody’s, anunciada horas antes.

“Há um ano e meio, falar da Petrobras era quase palavra feia. Hoje, quem aplicou na Petrobras 10 meses atrás teve lucro de 145%”, disse.

A reforma previdenciária também foi destaque em seu discurso de 25 minutos. O “duplo objetivo”, segundo Temer, era “adaptar” o país “à realidade demográfica, salvando-o da falência”, e “naturalmente combater privilégios”.

O presidente afirmou que políticos e servidores públicos “se aposentarão como se aposentam os outros”. Em março, Temer surpreendeu ao retirar da reforma Estados e municípios, o que pode dar margem a manobras para privilegiar localmente funcionários públicos.
Temer não quis falar à imprensa após o evento. Do lado de fora, um grupo pró-Palestina promovia o “Rolezinho no Jantar do Golpista”.

O protesto reuniu cerca de 50 pessoas que criticavam não só as reformas da atual gestão, mas “laços sionistas” mantidos com Israel – como a indicação do israelense Ilan Goldfajn, ex-economista-chefe do Itaú, para comandar o Banco Central.

“Como árabe, a gente sente vergonha deste jantar, do público árabe lidando com um golpista”, afirmou Hasan Zarif, 43, sob olhar de PMs destacados para isolar os manifestantes da entrada do clube.

Charlie Pereira

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