Em editorial publicado na edição deste sábado (26/11), o jornal O Popular afirma que a decisão do governador Marconi Perillo de revogar o reajuste e a concessão de auxílios alimentação e creche para os servidores do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) “restabelece a coerência”.“A reação do governo do Estado para impedir aumento e benefícios aos servidores do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) restabelece a coerência”, pontua o diário goianiense (link do editorial, para assinantes: http://tinyurl.com/h5u9wqg).
A decisão de revogar o aumento foi anunciada pelo governador Marconi Perillo em entrevista coletiva nesta sexta-feira (25/11). Marconi afirmou que todos os Poderes e instituições públicas que compõem o Governo do Estado devem colaborar com as medidas de austeridade para impedir que a administração entre em colapso, como já ocorreu com outras unidades da federação. O governador afirmou que a decisão de revogar o reajuste e os auxílios foi reforçada a partir do pacto firmado entre os 27 governadores e o presidente Michel Temer para a adoção de medidas severas de cortes de gastos nos Estados.
No editorial, o jornal O Popular pontua que, “embora Goiás não esteja passando pela penúria econômica verificada em outras unidades da federação, o momento requer sacrifícios de todas as instituições públicas”. Na avaliação do jornal, “a repercussão negativa dos reajustes não se deve a juízos de merecimento, mas de ocasião”. O Popular lembra ainda que “numa crise definida como ‘gravíssima’ pelo governador Marconi Perillo, é fundamental que o exemplo de austeridade venha do poder público”.
Revogação é parte das medidas para evitar colapso, diz Marconi
Marconi tomou a decisão de revogar os reajustes e os benefícios concedidos ao TCM – por iniciativa da própria corte – diante do pacto firmado pelos governadores dos 27 Estados e do Distrito Federal com o governo federal para a adoção de medidas de contenção de gastos com funcionalismo e custeio da máquina pública para o enfrentamento dos efeitos da crise econômica nacional sobre a arrecadação tributária. “O consenso é de que todos nós (governadores) devemos encaminhar medidas de ajustes duras às Assembleias, sob pena de termos consequências que abalem a estrutura dos Estados”, disse o governador na sexta-feira.
Marconi afirmou na entrevista que, como porta-voz do grupo de governadores reunidos em Brasília, defendeu que essas medidas estruturantes vão ser tomadas considerando os governos futuros. “Aqui em Goiás, o governo precisa olhar para o conjunto da sociedade goiana. São 6 milhões de goianos. É preciso sobrar dinheiro para investir em outras coisas não só no pagamento de folha”, disse.
O governador disse que, apesar de a situação fiscal do Governo de Goiás ser bem mais confortável que a de outros Estados, as medidas de contenção de despesas prosseguirão. “Vamos continuar fazendo reformas estruturantes para que nem agora e nem no futuro tenhamos uma situação caótica como a que estamos vendo em alguns Estados. É preciso que os tribunais, todos os poderes, compreendam a necessidade de realizar um esforço conjunto para que a situação das finanças não se deteriore a ponto de chegar a situação de Estados”, afirmou.