A falta de clareza sobre os próximos passos em relação às reformas e ao governo fez a quinta-feira (25) ser marcada pelo sobe e desce nos mercados de câmbio e Bolsa. Apesar da volatilidade do pregão, o dólar e o Ibovespa fecharam o dia praticamente no zero a zero.
O dólar comercial terminou o dia com leve alta de 0,09%, para R$ 3,284. O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,45%, para R$ 3,294.
Na Bolsa, o Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas do mercado acionário brasileiro, encerrou o dia com leve queda de 0,05%, para 63.226 pontos. A instabilidade não significou um giro maior: o volume negociado foi de R$ 8,49 bilhões, em linha com a média diária do ano.
Um dia depois das manifestações em Brasília que deixaram 49 feridos, a falta de notícias deu o tom do pregão.
Nos bastidores, fala-se de articulações para substituir o presidente Michel Temer. As conversas teriam evoluído e envolveriam diretamente três ex-presidentes da República: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney.
“Essa falta de notícia significa que Brasília está pegando fogo, que o pessoal deve estar articulando alguma coisa muito forte. Por enquanto, é negociação de bastidor, o que não injeta confiança nos investidores. É um retrato de como o mercado deve se comportar nos próximos dias”, afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
As ações da JBS se destacaram no pregão, com alta de 22,54%, impulsionadas por informações de que a empresa estaria tentando vender ativos no mercado. Desde que o escândalo das delações veio à tona, na quarta-feira passada (18), as ações da empresa acumulam desvalorização de 13,6%.
Outras ações do setor de alimentos processados também se destacaram no dia. Os papéis da BRF avançaram 2,73%, e as ações da Marfrig se valorizaram 0,48%. As ações da Minerva avançaram 4,31%. (Folhapress)