As investigações sobre o desabamento que matou dois operários em obra do setor sul em Goiânia continuam. Na sexta-feira, 19, os engenheiro civil Sidney Borges Rodrigues, responsável técnico pela obra da Rua 87, esquina com a Rua 124, no setor Sul, e Álvaro Faria de Aguiar, sócio-proprietário da J Aguiar Construtora, prestaram depoimento ao delegado Izaías de Araújo Pinheiro, da 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia.
Nos depoimentos, os dois informaram que, antes do acidente, o empreiteiro contratado para realizar o serviço de perfuração dos tubulões, Adenilton Francisco dos Santos, recebeu uma ordem expressa para suspender as escavações até que as escoras do talude localizado na Rua 124 fossem reforçadas.
Segundo informações da Assessoria de imprensa da construtora, Sidney também informou que as escavações dos tubulões eram feitas de forma intercalada com taludes num ângulo de 45º, uma inclinação que não oferece risco de desmoronamento. No local onde ocorreu o acidente, os tubulões não poderiam ter sido escavados antes da estabilização do talude, que não estava nessa inclinação ideal. O material para o escoramento e estabilização do talude já havia sido adquirido pela clínica, mas ainda não tinha sido entregue na obra pela empresa fornecedora.
Em seu depoimento, Sidney também confirmou que a obra era acompanhada por um técnico de segurança do trabalho e que todos os trabalhadores, inclusive os terceirizados, recebiam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Álvaro, por sua vez, declarou que a opção pelo tipo de fundação para a obra – com tubulões – é determinada pelas características do solo, o que é constatado através de laudo de sondagem e solicitações de carga de cada empreendimento.
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