Bolsonaro envia carta a novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) que relutou em reconhecer a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas, enviou uma carta ao novo presidente dos Estados Unidos. Publicada na íntegra em suas redes sociais na noite desta quarta-feira (20/01), o texto faz um apanhado histórico das relações entre Brasil e Estados Unidos e destaca a vontade de Bolsonaro em seguir colaborando com o país norte-americano.
“O Brasil e os EUA são as duas maiores democracias do mundo ocidental. Nossos povos estão unidos por estreitos laços de fraternidade e pelo firme apreço às liberdades fundamentais, ao estado de direito e à busca pela prosperidade através da liberdade”, pontua a introdução da carta.
LEIA TAMBÉM: Para Obama, Biden pode redefinir relação entre Brasil e EUA
Bolsonaro destacou seu apreço às instituições norte-americanas e criticou de forma indireta as administrações federais que o antecedeu. “Também sou de longa data grande admirador dos Estados Unidos e, desde que assumi a presidência, passei a corrigir os equívocos de governos brasileiros anteriores, que afastaram o Brasil dos EUA, contrariando o sentimento de nossa população e os interesses comuns”.
O presidente brasileiro destaca que os valores compartilhados com os Estados Unidos tem originado “uma ampla e profunda parceria” e a partir daí, entra numa série de pontuações históricas acerca das relações institucionais que o Brasil tem com o país norte-americano.
“Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção ao meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado. Noto, a propósito, que o Brasil demonstrou seu compromisso com o Acordo de Paris com a apresentação de suas novas metas nacionais”, destaca.
A carta se dá num momento transitório na política norte-americana. Ainda candidato, Joe Biden criticou a forma como o governo brasileiro tem tratado as queimadas na região amazônica do país, num debate chegando a ameaçar sanções ao país. O clima azedou, Bolsonaro e sua equipe de relações exteriores não gostaram do que ouviu e rebateram, gerando uma série de consequências.
No Twitter, Bolsonaro destacou que quer trabalhar “pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos”.