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Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

Em carta, chefe do PCC ameaça matar promotor

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Duas mulheres foram presas na tarde deste sábado (8) após serem flagradas deixando a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, com cartas nas quais chefes da facção criminosa PCC ordenam o assassinato de duas pessoas, entre elas um promotor de Justiça.

De acordo com as mensagens, essas mortes devem ocorrer caso a transferência dos chefes da facção para presídios federais se concretize nos próximos dias –entre eles o número 1 do grupo, Marco Camacho, o Marcola.

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O alvo principal do ataque seria o promotor Lincoln Gakiya, responsável pelo pedido de transferência, e que investiga há anos o crime organizado. O outro alvo seria um dos coordenadores da Secretaria da Administração Penitenciária na região de Presidente Venceslau, onde estão presos os criminosos.

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Uma das mensagens foi apreendida com a mulher do preso que divide cela com Marcola, o que leva as autoridades a acreditarem que partiu do próprio chefão do PCC a ordem de ataque.

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Segundo informações de pessoas ligadas ao promotor, Gakiya recebeu reforço de escolta desde a noite de sábado. A Folha de S.Paulo apurou que serviços de inteligência do governo paulista já tinham detectado ordem semelhante em conversas de presos do PCC.

O promotor pediu a transferência dos chefes da facção após um plano de resgate ser detectado pelo setor de inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária.

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O pedido seria feito em conjunto com os secretários da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, e da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Com o recuo da gestão Márcio França (PSB) nesse acordo, Lincoln fez a solicitação sozinho e aguarda decisão da Justiça.

Se for concedida, a ordem judicial será encaminhada ao governo federal para que providencie vagas em uma das cinco penitenciárias federais (Porto Velho/RO, Mossoró/RN, Campo Grande/MS, Catanduvas/PR e Brasília).

A reportagem apurou que membros do governo Michel Temer (MDB) já ofereceram apoio ao governo paulista para a remoção, com aeronaves e esquema especial de segurança.

As transferências ao sistema federal são aceitas em situações específicas, como quando há risco de resgate dos presos nas unidades estaduais.

Pelo plano descoberto, a ideia dos criminosos era usar um exército de mercenários para retirar presos da unidade, incluindo Marcola. Para evitar isso, a Polícia Militar enviou para Venceslau um grande aparato policial.

Os detalhes do possível resgate tornaram-se públicos pelo deputado federal e senador eleito Major Olímpio (PSL), que desde a semana passada passou a andar sob escolta armada por risco de ataque. (Folhapress)

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