Em uma verdadeira aula sobre processo eleitoral, nesta quarta-feira (01º/02), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) explicou como os vencedores e perdedores devem se comportar após divulgado o resultado das urnas. “Quem perdeu, [deve] trabalhar dobrado para chegar lá [próxima eleição] e virar o jogo. Quem ganhou, continuar trabalhando muito para continuar sendo reeleito ou almejar cargos superiores na trajetória de vida”, destacou.
A fala foi feita durante a posse dos deputados estaduais eleitos em sessão que aclamou o deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil) como presidente da Assembleia Legislativa para o biênio 2023-2024. Diversas vezes, Caiado fez referência ao respeito ao processo eleitoral e a urna eletrônica a quem chamou de “vossa excelência”.
Apesar de ter travado diversos embates durante sua vida na Câmara dos Deputado e Senado Federal, Caiado destacou que jamais ‘descumpriu norma constitucional ou insurgir contra o Estado Democrático de Direito’.
“Tive embates duros dentro do Congresso Nacional mas jamais descumpri a norma constitucional, jamais insurgi contra o Estado Democrático de Direito que no momento em que abaixa o painel o vitorioso comemora e quem tá derrotado tem de entender que aquilo é a vontade da maioria”
Ronaldo Caiado em discurso na solenidade de posse dos deputados estaduais
Daí, Caiado explicou como os políticos devem encarar o resultados dos processos eleitorais. “Essa é a nossa posição que temos que nos preparar para de dois em dois anos e podermos ganhar ou perdemos as eleições. Quem perdeu, trabalhar dobrado para chegar lá e virar o jogo. Quem ganhou, continuar trabalhando muito para continuar sendo reeleito ou almejar cargos superiores na trajetória de vida. Essa é a beleza da democracia”, pontuou.
A fala pode ter sido direcionada a parlamentares de sua própria base que chegaram a contestar o resultado das eleições de outubro que sacramentou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República.
O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil), por exemplo, chegou a subir em carros de som em manifestações em frente ao QG do Exército após as eleições num movimento que ficou conhecido pelo tom golpista. Às vésperas do segundo turno, também disparou e disse que o Brasil poderia entrar em ‘guerra civil’ caso a vitória petista se consolidasse. Inclusive, chegou a dizer ao Diário de Goiás que estava disposto a ir ao front de batalha se fosse necessário.