Em audiência à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (02/07), o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro defendeu e apontou os resultados positivos da Operação Lava Jato, dizendo que foi uma ação elogiada internacionalmente. Ressaltou que “não foi uma operação individual” e voltou a destacar que não se lembra das “supostas mensagens que trocou há 2, 3 anos atrás”.

O ministro da Justiça ressaltou que não foi uma operação parcial. As investigações atingiram todos os partidos políticos. “Eles atingiram todos os partidos políticos, em maior ou menor grau. Lembrando que aquela investigação tinha por objeto um esquema de corrupção que afetava uma estatal específica que era a Petrobras. É natural que os mais afetados que compunham e controlavam a Petrobrás aquela época”, fazendo referência a cúpula do governo que até então estavam no controle da companhia estatal.

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Sobre os vazamentos publicados no site The Intercept, Moro voltou a dizer que são conteúdos extraídos de “uma invasão criminosa”, não se lembra do que conversou com os procuradores e que o material sequer ainda existe. “Houve uma invasão criminosa nos aparelhos celulares. Esse material eu não tenho mais. Eu não apaguei esse material agora. Eu sai do Telegram em 2017. Esse material não existe mais.” Disse ainda que o conteúdo das conversas, se forem autênticas “eram triviais”. “Eu não tenho condições de lembrar de mensagens que supostamente foram trocadas há 2, 3 anos atrás. Muitas vezes, absolutamente triviais”, ressaltou.

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Citou especialistas que analisaram as mensagens e mesmo não reconhecendo a autenticidade dos diálogos, “não tem nada ali que seja conteúdo ilícito”.

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Quando questionado por parlamentares se recomendou de fato o afastamento da procuradora Laura Tesler, de uma oitiva do ex-presidente Lula por conta de seu fraco desempenho, Moro disse novamente que não reconhecia o diálogo mas que se fosse verídico, ele não via nenhum problema na mensagem e nem se tratava de uma recomendação para afastá-la. “Na mensagem que foi divulgada cuja a autenticidade eu não reconheço, não há nenhuma solicitação de substituição”, concluiu.

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