Em Anápolis, empresário ameaça irmão e cunhada: “Não tenho medo de polícia nem cadeia”

Uma desavença familiar por pouco não terminou em tragédia na última sábado (08/08) em Anápolis. É que Wilmar Cândido Ferreira, proprietário da empresa Água Cristalina não gostou das intervenções que a esposa de seu irmão e sócio, Ricardo Ferreira fazia na empresa. Após ameaças por áudio no Whatsapp, Wilmar parte para a agressão física: “Não tenho medo de polícia e cadeia”, disse em uma das mensagens.

Nas mensagens obtidas pelo Diário de Goiás, Wilmar revela seu claro desconforto com a relação do irmão e da cunhada. “Eu já te pedi mil vezes para não colocar essa mulher sua em negócio nosso. Tudo que a gente fala com você, essa mulher sabe”, dispara alegando uma suposta arrogância demonstrada pela esposa do irmão. 

Em outra mensagem antes de fazer uma ameaça, Wilmar diz que nunca deixou ‘mulher minha’ “se intrometer em negócio meu”. Nervoso, ele conclui o áudio disparando: “Você não precisa me responder não, meu irmão. Eu só tô te falando o que tá pintando para o seu lado”.

Em um áudio ainda mais ameaçador, o empresário não esconde que está disposto à ir para a agressão física e chega a se comparar ao Diabo. “Minha vida é um inferno. Eu sou filho de Deus e do Diabo junto”. Antes, afirma não ter “medo de polícia e nem cadeia”. “Eu tô aqui para matar e morrer. Você sabe disso, você me conhece”.

Encontro marcado

O relógio da câmera de vídeo-monitoramento da empresa Água Cristalina, em Anápolis marcava 15h31 quando Wilmar tampa a imagem impedindo que se registrem os momentos da cena. Wilmar e Ricardo combinaram um encontro um pouco depois desse horário para discutir e colocar os devidos pingos no is. O que aconteceu foi apenas o epicentro para o caldo entornar.

Com uma faca, Wilmar sai em disparada de Ricardo e a esposa. Na área externa, as câmeras livres de quaisquer intervenção para que se registrassem as imagens, mostram o casal correndo do agressor, bem como outros funcionários assustados com a cena.

A vítima se dirigiu à Delegacia da Mulher de Anápolis, mas foi-lhe negado o registro da ocorrência porque o entendimento da delegada é que crime cometido por cunhado não se encaixaria na Lei Maria da Penha, tendo encaminhado o caso para o 2° DP da cidade. O delegado do 2° DP encaminhou o caso de volta para a Delegacia da Mulher por entender que se aplica a Lei Maria da Penha. 

O advogado da vítima, Dr. Hauany Martins, protocolizou pedido de Medidas Protetivas de Urgência perante o Juizado da Mulher da Comarca de Anápolis sob o número 5397249-45 diante a mora do trâmite na delegacia e visando resguardar a integridade física e psicológica de sua cliente.

Diario de Goiás

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