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| Em 3 anos atrás

Em Anápolis, Bolsonaro diz ter provas que foi eleito em primeiro turno e houve fraude em 2018

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Sem apresentar provas, mas afirmando tê-las, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar que a eleição em 2018 foi fraudada. Não fosse, sua eleição seria sacramentada ainda no primeiro turno. A afirmação foi feita a lideranças religiosas em evento da igreja “Church in Connection”, em Anápolis.

“Eu fui eleito no primeiro turno. Eu tenho provas materiais disso, mas o sistema, a fraude que existiu sim, me jogou para o segundo turno”, cravou, completando que só conseguiu a eleição no segundo turno contra o petista Fernando Haddad por ter tido “muito voto”. Também mencionou “poucas pessoas” ao seu lado que sabiam como “evitar a fraude”.

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“Outras coisas aconteceram e eu só acabei ganhando porque tive muito voto e algumas poucas pessoas que entendiam de como evitar e inibir a fraude naquele momento nos elegemos”, destacou. Apesar de todo o percalço, a vitória veio e Bolsonaro reconheceu que não sabia o que fazer como presidente da República.

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“E aí eu não sabia o que fazer. É como aquela criança com uma bicicleta que não sabe andar. Apesar de 28 anos no parlamento, 2 de vereador e 15 de Exército. Não é fácil pegar um sistema com muitos problemas. Uma máquina emperrada. Um Brasil numa situação catastrófica diante a ética, moral e economia”.

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“Deus acima de tudo”

Aos lideres, Bolsonaro também relembrou a origem do seu slogan vitorioso de campanha. Tudo nasceu a partir de um outro evento com religiosos em 2015, na Câmara dos Deputados, organizado pelo pastor Silas Malafaia.

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“Teve um culto em Brasília lá na Esplanada e tinham vários pastores. Eu fui convidado. Me lembro muito bem do Silas Malafaia que estava coordenando aquele momento. Eu já havia falado para ele e mais alguns, de forma bastante discreta da pretensão de ser presidente para fazer diferente. Para fazer a mesma coisa, não é o caso. E ele falou que ia dar a palavra para três deputados evangélicos. Apontou para dois e para mim. Eu disse que não era evangélico e sim católico. Mas ele disse que seria eu. Quem conhece ele sabe do comportamento dele. Eu de vez em quando não abro áudios dele para não perder amizade com ele. Ele me deu a palavra. Tinha umas 20 mil pessoas. No final eu terminei com um jargão militar: “Brasil acima de tudo”. Daí pensei que teria que falar mais alguma coisa e falei: “Deus acima de todos”. Foi algo de repente, do nada, apareceu, chama-se insight”, destacou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.