Candidatos durante debate (Foto: Leo Iran)
Pela primeira vez nesta campanha eleitoral, o candidato do PMDB a prefeito de Goiânia, Iris Rezende participou de um debate. As discussões foram mornas, Iris praticamente não foi atacado pelos outros candidatos. Os momentos mais quentes foram protagonizados por Adriana Accorsi (PT) e Vanderlan Cardoso (PSB). O debate foi realizado pela Rádio CBN Goiânia e Jornal O Popular nesta terça-feira (27). Iris Rezende praticamente não foi alvo dos candidatos.
Polêmicas
As poucas polêmicas no debate realizado ficaram por conta dos candidatos Vanderlan Cardoso e Adriana Accorsi. O momento mais quente do debate foi quando os prefeitáveis puderam fazer perguntas diretas um para os outros.
Ao fazer pergunta a Vanderlan Cardoso, Adriana Accorsi disse que num tempo curto na política, o candidato do PSB mudou de partido algumas vezes e hoje tem o apoio do governador Marconi Perillo na campanha.
Vanderlan Cardoso respondeu a petista, contra-atacando. Disse que ela está desinformada assim como na questão dos CMEIS. Minutos antes, Adriana havia sido questionada sobre propostas na área da Educação. Ele disse que Adriana e outros candidatos tem uma “paixão recolhida” pelo governador.
“Primeiro eu quero dizer a candidata que está mal informada, assim como na questão dos CMEIS. Mudei de partido três vezes, tenho apoio do governador. A senhora tem nos atacado bastante, parece que a senhora e os outros candidatos tem uma paixão recolhida pelo governador, que nem aqui está. Sou responsável pelos meus atos, nunca escondi nenhuma responsabilidade que não seja minha. Tenho apoio sim do governador, disputei duas vezes contra ele, mas nunca quis administrar com o fígado, como tem acontecido nestes últimos anos em Goiânia”, destacou o candidato do PSB.
Adriana Accorsi reforçou a crítica dizendo que Vanderlan mudou várias vezes de partido. Ela ainda disseque respeita o governador mas que não concorda com alguns projetos e que pretende renovar a política, inclusive dentro do PT.
“Com muita seriedade, o senhor mudou várias vezes. Eu tenho maior respeito pelo governador. É importante que a sociedade conheça a trajetória dos candidatos. Quero renovar a política, inclusive dentro do meu partido”, argumentou.
Os dois candidatos depois não voltaram a debater diretamente, mas em momentos oportunos, eles faziam referência a um ou outro.
Iris
O debate foi morno, em apenas um dos quatro blocos eles puderam fazer perguntas entre eles, o que favoreceu o não confronto entre eles. Iris Rezende procurou explorar a figura dele enquanto gestor ocupando diferentes cargos públicos e que a população conhece a forma que ele tem de administrar. “Nunca fracassei enquanto assumi o poder. Ninguém pode falar de mim. Deus me deu o dom político e a facilidade para decidir”, disse em determinado momento do debate.
Um dos poucos momentos em que Iris respondeu assunto polêmico relativo as administrações regionais. Durante a campanha Vanderlan apresentou proposta, Iris chegou a dizer que era contra, mas depois informou que a ideia é dele, enquanto prefeito de Goiânia, em 2008. Ele foi questionado que teve tempo para implantar o modelo e não colocou em prática.
“Nós encaminhamos aquele projeto a câmara municipal em 2008, em 2009 fomos estruturando a execução do projeto. Isto não se faz do dia para a noite. Quando estava prestes a fazer o projeto, inclusive com construções tive de sair da prefeitura em 2010. Mas agora não, agora tem tempo”, afirmou.
Waldir e Francisco
Os outros dois participantes do debate pouco se envolveram em polêmicas. Francisco Júnior (PSD) procurou apresentar propostas, mas em alguns momentos aproveitou para fazer críticas à atual gestão, por exemplo, quando disse que dinheiro há disponível para fazer investimentos, o que falta é administração eficiente, segundo ele.
“Nós temos um festival de más gestões no Brasil. Nós precisamos acabar com esta história de que não há dinheiro. Temos um orçamento de R$ 5 bilhões. Dinheiro tem, não tem competência. Goiânia precisa mudar isso com técnica, com ferramenta, Goiânia precisa ser moderno e moderno é levar os serviços à população”, afirmou.
Delegado Waldir (PR) a todo momento procurou dizer que ele é um político que tem mãos limpas, que é diferente dos outros candidatos e que tem atuação respeitada na Câmara Federal. Em determinados momentos, ele tentou esboçar críticas aos outros candidatos, mas também foi questionado por jornalistas se é de mãos limpas de forma seletiva.
“Você tem que fazer uma opção de partido político. Todos os partidos estão contaminados. Sou defensor que se prenda quem está respondendo processo. Pesquise a vida do Delegado Waldir, sou de mãos limpas. Você sabia que a pergunta que derrubou Eduardo Cunha foi feita pelo Delegado Waldir”, destacou.