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Categorias: Economia
| Em 7 anos atrás

Elevada concentração bancária no Brasil é ‘meia verdade’, diz Febraban

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Sem o crédito imobiliário e rural, dominados respectivamente por Caixa Econômica e Banco do Brasil, a concentração bancária no Brasil cairia mais de 10 pontos percentuais, afirmou nesta terça-feira (24) o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Murilo Portugal. 

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Portugal defendeu os bancos durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), no Senado, que debateu os elevados spreads bancários (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram de consumidores e empresas).

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Ele afirmou que a concentração é “uma meia verdade”. 

“Os bancos públicos são 54% do mercado de crédito no Brasil. Se excluirmos a carteira de crédito imobiliário e rural dos dados, a concentração no Brasil cai de quinto para o oitavo lugar”, disse Portugal. 

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20 pontos abaixo

Portugal ironizou o estudo feito pelo ex-diretor do Banco Central e economista-chefe do banco UBS, Tony Volpon, que mostra que, se tivesse respondido à queda dos juros básicos e ao recuo da inadimplência como no passado, a taxa média dos empréstimos ao consumidor no Brasil seria hoje 37,6% ao ano, 20 pontos percentuais abaixo dos 57,7% efetivamente cobrados em média.

“Quem sabe esse banco vai começar a emprestar no crédito pra aproveitar essa oportunidade que acham que existe no Brasil”, disse. “É difícil explicar porque grandes bancos internacionais, presentes aqui, não entram no crédito no varejo. Vemos o contrário, o HSBC saiu, o Citi saiu”, afirmou. 

O presidente da Febraban ainda apresentou dados que mostram que a taxa de recuperação dos bancos em caso de calote é de apenas 15,8%. 

“O problema não é apenas a inadimplência, é a taxa de recuperação dos créditos adimplidos”, disse. “O custo da inadimplência no Brasil é quatro vezes maior do que a média mundial”. 

“Carona”

Na audiência, realizada com a presença de Bruno Magrani, chefe de relações governamentais do Nubank, Portugal disse que, apesar de a entidade ser a favor da competição trazida pelas fintechs, é importante diferenciar a livre competição do que chamou de “free riding”.

“Somos a favor de mais competição, queremos novos entrantes no mercado, incluindo as fintechs. Mas é importante distinguir a livre competicao do ´free riding´, que é uma carona de quem quer se beneficiar sem compartilhar os custos de forma justa.” (Folhapress)

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Tags: Febraban