Os resultados da 131ª Pesquisa CNT/MDA mostram melhor avaliação do governo Michel Temer na comparação com o de Dilma Rousseff. Entretanto, ainda há elevado percentual de indecisos na percepção sobre o atual governo. Segundo a pesquisa, a avaliação do governo do presidente interino Michel Temer é positiva para 11,3% dos entrevistados, contra 28,0% de avaliação negativa. Para 30,2%, a avaliação é regular e 30,5% não souberam opinar.
Por outro lado, o desempenho pessoal do presidente interino tem índice maior de reprovação, segundo a pesquisa CNT/MDA. A aprovação atinge 33,8% contra 40,4% de desaprovação. E 25,8% não souberam opinar.
O Ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva lidera a intenção de voto espontânea, mas perde em algumas simulações de segundo turno. Pela primeira vez, o nome de Michel Temer foi incluído, mas o atual mandatário não aparece com bons índices.
Lula: 8,6%
Aécio Neves: 5,7%
Marina Silva: 3,8%
Dilma Rousseff: 2,3%
Michel Temer: 2,1%
Jair Bolsonaro: 2,1%
Ciro Gomes: 1,2%
Geraldo Alckmin: 0,6%
Joaquim Barbosa: 0,6%
José Serra: 0,3%
Outros: 1,7%
Branco/Nulo: 16,7%
Indecisos: 54,1%
A pesquisa CNT/MDA aponta a preferência do eleitorado brasileiro por Luís Inácio Lula da Silva quando são apresentados os nomes dos possíveis candidatos e perguntado em qual deles o eleitor poderia votar. No cenário 1, Lula aparece na liderança com 22%. Veja os números:
Lula 22,0%
Aécio Neves 15,9%
Marina Silva 14,8%
Ciro Gomes 6,0%
Jair Bolsonaro 5,8%
Michel Temer 5,4%
Branco/Nulo: 21,2%
Indecisos: 8,9%
No cenário 2, sem Aécio Neves pelo PSDB e com a inclusão de Geraldo Alckmin quem cresce é a ex-senadora Marina Silva (16,6%). O governador de São Paulo tem desempenho pior do que Aécio, no cenário 1. Veja os números:
CENÁRIO 2:
Lula 22,3%
Marina Silva 16,6%
Geraldo Alckmin 9,6%
Ciro Gomes 6,3%
Michel Temer 6,2%
Jair Bolsonaro 6,2%
Branco/Nulo: 24,0%
Indecisos: 8,8%
As simulações de segundo turno apontam vantagem para Luís Inácio Lula da Silva em apenas um cenário, contra Michel Temer. Ele fica atrás, inclusive, de Aécio Neves num hipotético confronto direto, e também, de Marina Silva. Veja os números:
CENÁRIO 1: Aécio Neves 34,3%, Lula 29,9%, Branco/Nulo: 28,8%,
Indecisos: 7,0%
CENÁRIO 2: Aécio Neves 32,3%, Michel Temer 15,8%, Branco/Nulo: 42,2%,
Indecisos: 9,7%
CENÁRIO 3: Aécio Neves 29,7%, Marina Silva, 28,0%, Branco/Nulo: 34,6%,
Indecisos: 7,7%
CENÁRIO 4: Lula 31,7%, Michel Temer 27,3%, Branco/Nulo: 33,4%,
Indecisos: 7,6%
CENÁRIO 5: Marina Silva 33,7%, Michel Temer 20,9%, Branco/Nulo: 37,0%,
Indecisos: 8,4%
CENÁRIO 6: Marina Silva, 35,0%, Lula 28,9%, Branco/Nulo: 30,0%,
Indecisos: 6,1%
• Governo Michel Temer
54,8% disseram que o governo de Michel Temer está igual ao de Dilma Rousseff e que não se percebe nenhuma mudança no país. Para 20,1%, está melhor, por já perceberem mudanças positivas no país. Outros 14,9% acreditam que está pior e que as mudanças feitas pioraram as condições do Brasil. Além disso, para 46,6%, a corrupção no governo Michel Temer será igual ao do governo Dilma Rousseff. 28,3% acreditam que será menor e 18,6% consideram que será maior.
Ações prioritárias (medidas que devem ser adotadas)
Gerar emprego: 57,0%
Melhorar a saúde: 41,4%
Combater a corrupção: 30,6%
Melhorar os resultados da economia: 24,7%
Reduzir gastos do governo: 15,5%
Melhorar a segurança: 14,8%
Fazer reformas: 6,8%
Reformas mais importantes para o Brasil
Trabalhista: 35,0%
Política: 31,7%
Tributária: 9,4%
Judiciária: 8,5%
Previdenciária: 8,4%
• Impeachment
62,4% defendem que foi correta a decisão pelo afastamento de Dilma Rousseff do cargo, tomada pelo Congresso Nacional. 33,0% acreditam que a decisão foi errada e que ela não precisava ter sido afastada.
Para 61,5%, o processo de impeachment foi legítimo, contra 33,3% que avaliam que não foi. Ao final do julgamento de Dilma Rousseff, 68,2% acreditam que ela será cassada e Michel Temer permanecerá na presidência. Já 25,3% pensam que Dilma reassumirá o cargo de presidente.
45,6% dos entrevistados consideram que o processo de impeachment fortalece a democracia brasileira, contra 34,3% que avaliam que enfraquece.
Causas para o impeachment: Sobre as causas que motivaram o processo, 44,1% citam a corrupção no governo federal. 37,3% atribuem à tentativa de obstrução da operação Lava Jato e 33,2% opinam que foram as pedaladas fiscais.
Antecipação das eleições: Para 50,3%, a eleição para presidente marcada para 2018 deveria ser antecipada para este ano. 46,1% consideram que a eleição não deve ser antecipada.
• Lava Jato e corrupção
89,3% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações no âmbito da operação Lava Jato e que envolvem a Petrobras. Nesse grupo, 66,9% consideram que a presidente Dilma Rousseff é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 71,4% acham que o ex-presidente Lula é culpado.
Sobre o futuro da operação Lava Jato, 36,2% acreditam que ela nem será fortalecida, nem será enfraquecida no governo Michel Temer, permanecendo como está. Para 29,3%, a Lava Jato será fortalecida e 26,0% consideram que será enfraquecida.
• Desemprego
53,2% dos entrevistados estão empregados no momento. 33,4% não estão empregados e não estão procurando emprego. 13,2% não estão empregados, mas estão procurando emprego. Entre os que estão trabalhando, 59,8% temem perder o emprego por causa da crise.
Do total de entrevistados, 52,6% gostariam de abrir um negócio próprio e 85,8% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses. Além disso, 30,4% disseram que alguém do domicílio perdeu a vaga de trabalho no último ano, sendo que, dentro desse grupo, 75,2% buscaram emprego, mas ainda não conseguiram se recolocar no mercado. Outros 17,9% já conseguiram emprego e 5,4% buscaram cursos de capacitação ou voltaram a estudar.
• Previdência
15,0% dos entrevistados são aposentados, sendo que, dentro desse grupo, 38,0% continuam trabalhando. Para os 85,0% que afirmaram não estar aposentados, 48,8% têm pouco ou nenhum conhecimento sobre as regras de aposentadoria ou sobre quando irão se aposentar. 30,1% têm conhecimento parcial sobre o tema e 15,9% sabem as regras e quando terão concedida a aposentadoria.
Sobre uma possível reforma da previdência, 64,7% são contrários a qualquer alteração nas regras, mas 61,3% acham que é necessário estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria. E 56,9% acreditam que essa idade deve ser a mesma para homens e mulheres.
• Reforma Trabalhista
64,5% acreditam que a legislação trabalhista brasileira deve ser atualizada. Para 36,7%, uma reforma trabalhista precisa garantir todos os direitos atuais aos trabalhadores. 32,6% consideram que é preciso que se facilite a negociação entre trabalhadores e empregadores. Enquanto isso, 21,8% concordam com a flexibilização de alguns direitos, para melhorar as chances de contratação.
33,6% pensam que a atual legislação dificulta a realização de acordos que atendam aos interesses de empregadores e empregados e 46,6% são favoráveis à terceirização de qualquer atividade nas empresas.
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