Os candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) fizeram um debate quente na última terça-feira (9). Dos quatro candidatos, apenas Pedro Paulo de Medeiros não compareceu ao evento promovido pelo jornalista Rosenwal Ferreira.
Participaram do debate os candidatos Rodolfo Otávio Mota, Rafael Lara e Valentina Jungmann. O programa vai ao ar na noite desta quinta-feira (11), na PUC TV Goiás. Pelas regras do debate, os candidatos puderam deixar perguntas a Pedro Paulo, embora ele não estivesse lá para respondê-las. Jungmann criticou o que chamou de “irresponsabilidade” do candidato de tentar impugnar várias chapas, inclusive a dela. Mota afirmou que a chapa de Medeiros associa-se a partidos políticos.
Pedro Paulo alegou que não compareceu ao debate para comparecer ao velório de Iris Rezende no Palácio das Esmeraldas.
Clique e veja tudo sobre as eleições da OAB-GO
O debate sobre a redução da anuidade paga à OAB foi um dos mais recorrentes. Valentina Jungmann reforçou a promessa de cortar a taxa em 34%, chegando-se ao valor de R$ 749,03. “Temos um estudo bem elaborado e que nos permite dizer com segurança que é possível reduzir. Também daremos um desconto a advogados iniciantes”, afirmou.
Questionada por Rodolfo Mota sobre como conseguiria reduzir tão drasticamente a contribuição dos advogados à Ordem, ela disse: “Cortando custos. Vamos reduzir despesas, inclusive publicidade”, pontuou. Mota, em sua fala, não informou exatamente a qual valor chegaria, mas também garantiu corte na anuidade, na casa de 20%. Ele também argumentou que uma redução de 34% na anuidade custaria R$ 12 milhões só na arrecadação da Casag.
Rafael Lara afirmou que a gestão atual, comandada por Lúcio Flávio de Paiva, já conseguiu reduzir os custos e seguirá promovendo esta política “com responsabilidade”.
Outro tema premente no debate da OAB foi a regionalização de serviços oferecidos pela entidade e também pela Casag. Todos os três prometeram levar o serviço da Procuradoria de Prerrogativas às subseções do interior. Lara disse que, além de regionalizá-la, vai segmentá-la de acordo com a área de atuação do advogado.
Numa crítica a Lara, Mota defendeu também ampliar os serviços da Escola Superior de Advocacia (ESA), comandada pelo candidato da situação. “Precisamos romper com essa história clássica: para Goiânia, tudo; para o interior, nada”.
O tema das custas judiciais também veio à tona durante o debate entre os candidatos à presidência da OAB. Rafael Lara reforçou a promessa de que vai atuar fortemente para reduzi-las junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para Valentina e Mota, a gestão atual já deveria ter encampado essa luta.
Mota finalizou o debate dizendo que estará ao lado da advocacia goiana e que, se eleito, vai servir aos advogados, não à Ordem. Lara, por sua vez, voltou a elogiar a atual gestão e garantiu estar pronto para seguir trabalhando pela classe.
Por fim, Jungmann pediu uma OAB com mais democracia, onde o advogado tenha vez e voz.