De perfil progressista, Claudia Sheinbaum obteve uma vitória para se tornar a primeira mulher presidente do México. A cientista climática e ex-prefeita da Cidade do México, ganhou a presidência com resultado entre 58,3% e 60,7% dos votos, segundo uma rápida contagem de amostras da autoridade eleitoral mexicana Instituto Nacional Eleitoral (INE).

Em eleição histórica, mais de 99 milhões de eleitores foram às urnas no último domingo (2), para eleger, além do novo presidente, 128 senadores ou senadoras, 500 deputados federais e mais 20 mil cargos em eleições locais, para prefeituras e câmaras de vereadores. A candidata da oposição, Xochitl Galvez, admitiu a derrota depois que os resultados preliminares mostraram que ela obteve entre 26,6% e 28,6% dos votos.

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Vale lembrar que não há 2º turno no México. Vence quem tiver mais votos absolutos, independentemente da porcentagem. “Este é o triunfo do povo do México, da revolução pacífica das consciências e do reconhecimento do nosso povo de que o mandato para continuar e avançar com a Quarta Transformação da Vida Pública no México é claro”, disse Sheinbaum, ao celebrar a vitória nas redes sociais.

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Eu prometo a você que não vou falhar com você. Há história, há pátria, há gente e há compromisso!

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Claudia Sheinbaum

Eleições violentas no México

Marcada pela violência dos cartéis de droga que dominam regiões inteiras do México, a eleição deste ano custou a vida de, ao menos, 30 candidatos. Segundo a Agência Brasil, entre os assassinados durante a campanha, 73% deles disputavam prefeituras. Os cálculos são do Seminário Sobre Violência, grupo de estudos mexicano ligado à universidade El Colégio de México. Na última eleição, em 2021, o grupo calculou um total de 32 candidatos assassinados.

A campanha da candidata de Sheinbaum utilizou a violência como tema principal, já que quando foi prefeita da capital mexicana, entre 2018 e junho de 2023, ela conquistou a taxa mais baixa de homicídios desde 1989. “Agora a Cidade do México se encontra entre as sete entidades com menos homicídios por 100 mil habitantes”, anunciou em uma rede social. De 16 assassinatos por 100 mil habitantes, em 2018, a capital mexicana registou 8 homicídios por 100 mil, em 2022.

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