Pouco mais de um mês após assumir a reitoria da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Rafael Borges já diz que o cenário encontrado na instituição é outro. Em entrevista ao Diário de Goiás, ele reafirma que com algumas medidas adotadas, permitirá que a UEG tenha uma economia de 1 milhão e 200 mil já no próximo ano e garantiu: ainda no primeiro semestre haverá uma nova eleição para definir o nome do novo reitor.
Borges é procurador do Estado e assumiu o cargo após a renúncia de Ivano Devilla que saiu escancarando “a mais grave crise de seus 20 anos” na instituição. A saída de Devilla forçou com que o governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM) fizesse a nomeação em uma espécie de intervenção na instituição. Rafael enxerga que está conseguindo solucionar todos os impasses encontrados na Universidade.
Rafael explica que a convocação para as novas eleições não poderão acontecer ainda este ano. Isso porque a instituição entrará em período de férias já na próxima semana. “Não é possível convocar eleição de reitor durante as férias da universidade”, pontua.
Porém o reitor interino garante que um processo para definir o novo reitor deverá acontecer dentro do primeiro semestre de 2020. “A eleição vai ocorrer muito em breve. O que tinha de ser resolvido na UEG já está sendo resolvido. Conseguimos dar cumprimento à decisão judicial, conseguimos adequar minimamente as finanças da universidade, dar os encaminhamentos necessários às investigações que estavam ocorrendo. E agora com a aprovação do projeto de lei e tendo a reestruturação administrativa da universidade o próximo passo é convocar as eleições”, enfatiza.
Borges também explica como se dará a economia anual da Universidade. “As funções comissionadas eram muito numerosas e em valores muito baixos. Por um lado, você tinha um gasto enorme do estado e por outro lado, você não tinha retorno ao docente porque ele não era valorizado. Agora, a gente diminuiu o número de funções comissionadas mas aumentou sua remuneração. Juntamente com o corte de cargos do alto escalão da universidade, cargos que a gente não viu necessidade de haver atribuições para aquele cargo de altíssimo valor. Essas duas medidas atuais e conjuntas geraram essa economia de 1.2 milhões de reais ao ano”, conclui.