Educação em Goiás irá debater retorno às aulas na próxima semana

A Educação em Goiás ainda irá debater na próxima semana a nota técnica da Secretaria de Saúde do Estado (SES-GO) publicada ontem (04/11) que autoriza o retorno das aulas presenciais. A Seduc informou que se reunirá com o Ministério Público, Defensoria Pública, Sintego e representantes de pais e estudantes.

A ideia é discutir o retorno com segurança ao “ensino aprendizagem para os estudantes como está ocorrendo em todo o período de pandemia de Covid-19”, segundo a nota publicada pela Seduc. A pasta também destacou que “Goiás Goiás é um dos poucos estados da federação a manter o calendário escolar durante a suspensão de aulas presenciais e, com isso, o ano letivo se encerra normalmente no dia 19 de dezembro”.

O anúncio do retorno às aulas em Goiás foi feito ontem pela SES. Segundo nota técnica assinada pelo titular da pasta, Ismael Alexandrino, a retomada deverá ser realizada de forma gradual e facultativa e também deliberada de acordo com as instituições. O documento destaca que os Protocolos de Biossegurança também deverão ser tomados, isto é, a utilização de máscaras e o distanciamento social de 1,5 metro entre uma pessoa e outra. As Instituições também deverão manter um ensino “misto/híbrido (tanto presencial, quanto virtual”.

A principal justificativa para a retomada se baseia na atual taxa de 52,76% da ocupação de leitos de UTI e 21,01% leitos de enfermaria, dedicados à covid-19. O documento também destaca que o Comitê de Operações Estratégicas (COE) do Estado de Goiás “identificou pela existência de condições epidemiológicas e assistenciais para uma possível retomada das aulas presenciais e de eventos”. 

A nota técnica da Secretaria da Saúde vai ser debatida, na próxima semana, entre Seduc, Ministério Público, Defensoria Pública de Goiás, Sintego e representantes de pais e estudantes para que seja garantido o ensino-aprendizagem para os estudantes como está ocorrendo em todo o período da pandemia de Covid19. Enfatizamos que Goiás é um dos poucos estados da federação a manter o calendário escolar durante a suspensão de aulas presenciais e, com isso, o ano letivo se encerra normalmente no dia 19 de dezembro.

Caiado defendeu retomada das aulas: apenas quando vacina contra covid-19 estivesse disponível

Apesar da validação para o retorno das aulas, o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) já mencionou em entrevistas e posicionamentos que o ‘momento ideal’ para retorno às aulas seria quando existisse uma vacina para controlar a covid-19. “O momento ideal é quando nós tivermos a vacina para aplicar no estudante e no professor. Ele não vai levar [o vírus] para casa e o professor não vai ser contaminado, e nem seus pais serão contaminados”, afirmou o governador em julho.

Mais recentemente em setembro, Caiado também voltou a falar do retorno as aulas e sustentou novamente que o ideal seria quando existisse uma vacina para a covid. Lembrou que isso estava próximo de acontecer. 

Caiado ponderou paciência no retorno às aulas. Segundo ele, a população também considera esse o caminho. “No estado de Goiás mais de 80% pretende com que haja um alongamento do período [sem aulas] para que só ano que vem volte o período das aulas. Datafolha lançou uma pesquisa com 75%. A ampla maioria não quer o retorno as aulas de imediato.”

O governador explicou que este não é um assunto que se trata a criança isoladamente. Há todo um contexto comunitário em volta. Até porque a criança tem um poder de resistência muito maior que uma pessoa idosa. Tampouco, quando contaminada, avança à um quadro mais grave. “Mas ao mesmo tempo o poder de contaminação dessa criança é um espectro bem maior. E estamos lidando com professores e professoras – um percentual grande dentro de uma faixa de risco – os familiares, as pessoas que elas convivem”, salientou.

O retorno às aulas pode significar um possível aumento no contágio, mas Caiado ponderou que as vacinas já estão em estágio avançado de desenvolvimento. “É uma realidade que temos e é algo que está por vir num curto espaço de tempo”, afirmou. “Então, porque não alongarmos esse período já que uma previsão existe do final para o começo do ano poderíamos ter algo que poderia atingir e imunizar os grupos de risco e também as crianças, para retomarmos as atividades com mais tranquilidade?” indagou.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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