Em entrevista a youtuber e jornalista Leda Nagle, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que uma das respostas ao governo para a oposição poderá ser “via um novo AI-5”. O contexto da conversa eram sobre os protestos de rua que estão acontecendo em países da América Latina.

O Ato Institucional (AI-5) foi baixado em 1968 durante o governo Costa e Silva, um dos generais que presidiram o Brasil durante a ditadura militar (1964-1985). O AI-5 foi um dos atos ditatoriais mais repressivos para a população no Brasil, causando perdas de garantias constitucionais além de cassação de mandatos políticos.

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“Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 1960 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando se sequestravam, executavam-se grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, de militares”, disse Eduardo.

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Eduardo disse que caso a oposição radicalizasse a ponto de chegar as manifestações e protestos que acontecem em outros países da América Latina, o governo deveria planejar saídas e uma das apresentadas foi justamente a implantação de um ‘novo AI-5’. “Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália, alguma resposta vai ter que ser dada, porque é uma guerra assimétrica, não é uma guerra onde você tá vendo seu oponente do outro lado e você tem que aniquilá-lo, como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno, de difícil identificação aqui dentro do país. Espero que não chegue a esse ponto né? Temos que ficar atentos”.

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No fim da tarde, Eduardo Bolsonaro voltou a falar do assunto e reforçou suas declarações. Para ele, os protestos provocados pela “esquerda” causam “instabilidade política”. “Está tendo uma polêmica aí com relação ao AI-5. Vocês estão vendo aí tudo que está acontecendo com o Chile. O que a esquerda está chamando de protestos e querendo trazer para o Brasil, que na verdade a gente sabe que são vandalismos, depredações e chega a ser, sim, terrorismo. Porque eles querem fazer uma instabilidade política para tirar do poder um presidente que não é de esquerda”, pontuou.

 

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