Na tentativa de reverter votos, o presidente Michel Temer adotou nesta quarta-feira (13) tom alarmista e disse que a economia responderá negativamente se a reforma previdenciária não for aprovada.
Em encontro com prefeitos do país, o presidente afirmou que se a proposta passar, “o país dará um salto e todos irão aplaudir”.
No discurso, ele disse que a intenção é votar a iniciativa neste ano, mas admitiu a possibilidade dela ficar apenas para fevereiro.
“Eu temo que, se não conseguirmos aprová-la em qualquer momento, a economia responda negativamente. Isso não é bom para o país”, disse.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, em novembro, o ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) também ressaltou que o país enfrentará uma nova recessão em 2019 caso a proposta não seja aprovada.
Para Temer, até a próxima semana, há tempo suficiente para tentar alcançar um placar de 308 votos, acima dos 270 votos que o Palácio do Planalto garante ter.
“Nós não sabemos se vamos votar a proposta agora, porque temos de ver o número de votos”, disse.
O esforço do governo é votar a iniciativa na próxima terça-feira (19) caso tenha a garantia de pelo menos 320 votos.
Se não for possível, o peemedebista quer que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marque já a data da nova votação em fevereiro.
O presidente realizou evento nesta quarta-feira (13) para confirmar a entidades de prefeitos o repasse de R$ 2 bilhões aos municípios até o fim deste mês.
O objetivo é que eles façam ofensiva sobre deputados e senadores pela aprovação da reforma previdenciária.
“Eu peço aos senhores, a partir de agora, que comecem a manter contato com colegas, deputados e senadores, dizendo que a sociedade quer isso e precisa isso”, disse. (Folhapress)
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