As projeções do Boletim MacroFiscal divulgadas nesta terça-feira (15), apontam que, de acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, a economia do país cresceu, enquanto a estimativa para a inflação teve recuo.
O Produto Interno Bruto (PIB), que soma os bens e serviços produzidos no país, teve estimativa de aumento de 2% para 2,7%, em comparação com o boletim de julho. O crescimento foi reflexo do aumento do emprego e melhor desempenho do setor de serviços, com alta da taxa de investimento.
Em 2021, o PIB brasileiro cresceu 4,6%, valor referente a R$ 8,7 trilhões. Já no primeiro semestre deste ano, o indicador acumula alta de 2,5%.
Ainda de acordo com o Ministério da Economia, o mercado de trabalho também teve expansão. A taxa de desocupação diminuiu para 9,1% no trimestre que encerrou em julho, com quase 100 milhões de pessoas empregadas, recorde na série histórica iniciada em 2012, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A continuidade do crescimento ao longo do segundo semestre do ano é previsto pelo Ministério da Economia. Apesar da estimativa de desaceleração da economia, por conta dos riscos externos associados aos impactos globais decorrentes da Gerra na Ucrânia.
O cenário básico para as projeções teve revisão das taxas de crescimento dos países desenvolvidos e emergentes, com base no contexto adverso atual. “O cenário básico para a projeção da atividade nesta grade de parâmetros pressupõe, como hipótese importante, um crescimento moderado para 2023 das economias desenvolvidas e emergentes de 1,1% e 4,4%, respectivamente”, diz o boletim.
Além disso, o boletim aponta que há indicadores que mostram um crescimento maior dos países emergentes. “Segundo o consenso de mercado, deverá ocorrer uma desaceleração da atividade econômica nos países desenvolvidos, mas uma aceleração do crescimento para os emergentes, quando comparado às últimas estimativas para 2022. Deve-se destacar que o cenário básico não considera uma recessão global, com efeitos negativos nos termos de troca e nas condições financeiras locais”, diz o boletim”. A estimativa é de que o PIB do Brasil se mantenha em 2,5%, de 2023 a 2026.
A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 está acima da meta de inflação para o ano. A projeção recuou de 7,2% para 6,3%, mas, ainda é maior do que a definida pelo Conselho Monetário Nacional, em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve queda de 0,87 ponto percentual em relação ao boletim anterior. O índice usado para estabelecer o valor do salário mínimo encerrará o ano com variação de 6,54%.
(Com informações da Agência Brasil)