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Categorias: Política
| Em 6 anos atrás

‘É tratorar’, diz Eduardo Bolsonaro sobre esquerda na Câmara

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu que o futuro presidente da Câmara aja como um trator diante dos partidos de esquerda que integram a Casa. Segundo ele, a oposição já demonstrou que vai tentar derrubar o governo de seu pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro. 

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“Acho que no dia 1º de janeiro, se der bobeira, já tem pedido de impeachment para ser impetrado. Então, com esse tipo de oposição, que não está a fim de dialogar ou de criticar e apontar os defeitos do governo, mas está se preocupando em derrubar um governo que sequer tomou posse, acho que não tem como dar ouvidos. É tratorar”, afirmou em entrevista ao SBT neste domingo (4).

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Questionado sobre o que quis dizer com a expressão, o deputado disse que o presidente deve evitar que os parlamentares de esquerda obstruam a votação das pautas na Casa, colocando questões de ordem e apresentando recursos. 

“Temos que ter um presidente que acelere a sessão que não deixe cair nessa ladainha da esquerda de toda hora colocar questão de ordem, [criar] confusão no meio da sessão para ela cair ou não se votar nada”, disse. 

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O deputado definiu como “perfil trator” aquele que tenha pulso firme, conheça o regimento interno da Câmara e defenda as pautas que o Brasil precisa para seguir adiante. Ele citou os nomes do atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), Capitão Augusto (PR-SP), Alceu Moreira (MDB-RS) e delegado João Campos (PRB-GO).

Na mesma entrevista, o deputado defendeu um diálogo amplo para garantir a votação das propostas do governo. 

“Ali tem diálogo com todo mundo. Os deputados nos seus mandados devem satisfação aos seus eleitores. A gente não entra ali dentro com faca nos dentes, procurando quem é corrupto e quem não é para derrubar o cara. Não é esse o papel de um deputado. Você vai acabar negociando com todo mundo”, afirmou. 

Com cerca de 1,8 milhão de votos, Eduardo Bolsonaro foi reeleito deputado federal por São Paulo e se tornou o candidato ao cargo mais votado da história do Brasil.

Ele falou da responsabilidade, tanto pelo número de votos como por ser filho do próximo presidente, e brincou que outros parlamentares dizem que seu gabinete será uma “embaixada do Palácio do Planalto” na Câmara. Eduardo disse ainda que desde a eleição há filas na porta de seu gabinete e que tem feito reuniões até no banheiro da Câmara. 

Sobre a declaração feita há meses, em que disse que bastariam um cabo e um soldado para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal), ele justificou que não havia falado que queria fechar a corte, mas que aprendeu com o episódio. 

“Fica um aprendizado sim. Você vai amadurecendo, vendo que as suas palavras a cada momento que você vai falar, pode ser numa coletiva de imprensa ou para um estudante que está de visita no Congresso Nacional, até porque a esquerda vai se valer de tudo para atrapalhar nossa vida no ano que vem”, declarou. 

O parlamentar falou ainda do papel da imprensa, elogiou a fiscalização das contas do governo, mas criticou reportagem da Folha de S. Paulo, que revelou que ele viajou com recursos da Câmara a Santa Catarina, para treinar tiro esportivo, e para o Rio Grande do Sul, para visitar a namorada. 

“Teve um veículo da imprensa, prefiro não nomear, mas quem está por dentro da política sabe, fez uma matéria falando que eu fui 20 vezes para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dando a entender que fui ali para curtir, porque a minha namorada é gaúcha”, disse.

Segundo Bolsonaro, ele viajou para participar de audiências públicas contra o estatuto do desarmamento e a favor do projeto Escola Sem Partido. 

Na ocasião, a reportagem entrou em contato com o gabinete do deputado solicitando agendas que justificassem as viagens, porém não obteve resposta.

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