O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse a jornalistas na Cúpula do G20, em Buenos Aires, que “há idiotas nas torcidas que estragam a festa de milhares de pessoas, temos de continuar trabalhando para tirá-los do futebol”.
Infantino afirmou que a recusa do River Plate de realizar a final da Copa Libertadores contra o Boca Juniors, em Madri, como foi decidido pela Conmebol, teria de ser resolvida pela própria Conmebol, e em acordo com os clubes.
“Minha opinião é que devem jogar, a bola tem de seguir rolando. Se Madri parece ser a melhor opção, que seja ali”, disse.
A final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors, marcada para o último dia 24, em Buenos Aires, foi transferida porque o ônibus que levava a delegação do Boca para o estádio foi atacado com paus e pedras. Os atletas foram afetados pelo disparo de gás de pimenta. O volante Pablo Pérez foi quem mais se feriu. Teve cortes no braço e foi atingido no olho por estilhaços de vidro.
Infantino disse que lamenta os episódios de violência, mas afirmou que a violência das torcidas também ocorre em outros países. “Isso apenas mostra que devemos seguir trabalhando e tirando lições de episódios como este para que não ocorram novamente”.
Também comentou o fato de o caso ter ganhado tanta proporção local e internacional. “As pessoas têm de entender que se trata apenas de um jogo, não é uma batalha, não é uma guerra, é apenas um jogo”.
Infantino disse que não teme um enfrentamento de torcidas dos dois times na Espanha, porque está “acostumado com as torcidas latino-americanas no exterior, elas sempre foram parte do espetáculo.”
Será a primeira vez que a Libertadores será decidida fora da América do Sul. A partida vai acontecer na mesma cidade da final da próxima Champions League, torneio que serve de modelo para a Conmebol fazer a Libertadores.
Ter a atenção do mercado europeu foi um argumento que ajudou a convencer a confederação sul-americana.