Ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)
O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno das eleições realizado neste domingo (30/10), disse no começo de setembro em uma transmissão ao vivo feita por um podcast que, caso perdesse as eleições, acabaria com a “passagem pela política”. Bolsonaro ainda permanece em silêncio.
A declaração foi dada no dia 12 de setembro ao projeto Collab que reuniu um pool de podcasts cristãos numa só entrevista com Bolsonaro. À época, o primeiro turno da campanha estava em curso, caminhando para sua reta final.
“Se essa for a vontade de Deus eu continuo. Se não for, a gente passa a faixa e eu vou me recolher porque com a minha idade eu não tenho mais nada a fazer aqui na terra se acabar a minha passagem pela política em 31 de dezembro no corrente ano”, destacou aos apresentadores.
Derrotado pelo candidato do PT, Bolsonaro ainda não se manifestou até o momento sobre a decisão da maioria. O atual presidente, que agora é o primeiro na história do Brasil a não conseguir se reeleger, se recolheu e teria negado atender ligações ou receber visitas de aliados, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
O resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, divulgado às 20h deste domingo, e agora, com 100% das urnas apuradas, acabou com 50,90% dos votos válidos a Lula, o que representou 60,3 milhões de votos, contra 49,10% de Bolsonaro, 58,2 milhões de votos.
Já sobre Bolsonaro, que segue sem fazer nenhum pronunciamento, ou publicação nas redes sociais, nem foi ao encontro da imprensa que o aguardava no cercadinho em frente ao Alvorada, basta esperar para ver o que dirá.
Ainda segundo Lauro Jardim, ministros e deputados tentaram visitá-lo, mas teriam sido informados de que o presidente não queria ver ninguém neste momento, nem seus aliados mais próximos.
De acordo com interlocutores próximos ao futuro ex-presidente da República, Bolsonaro continuará recolhido pelos próximos dias e respeitará o resultado das urnas, porém, não irá parabenizar Lula pela vitória.