Duas favelas da zona sul do Rio, área mais nobre da cidade, registraram troca de tiros na manhã deste sábado (14). Houve disparos na Rocinha (São Conrado) e Pavão-Pavãozinho (Copacabana).
A Rocinha tem sido palco frequente de tiroteios há quase um mês, quando traficantes rivais passaram a disputar o território. Desde então, as Forças Armadas têm sido empregadas em operações esparsas no local.
Na manhã deste sábado, a Polícia Militar informou que agentes foram alvos de tiros de bandidos por volta das 9h no beco 199. Não há relato de feridos. Durante a madrugada, a PM afirma que bandidos lançaram uma granada contra uma base da UPP, próximo à estrada da Gávea.
Não há relatos de feridos nas duas ocorrências na Rocinha, segundo a PM.
No Pavão-Pavãozinho, policiais militares trocaram tiros por volta das 7h com criminosos na rua Saint-Roman. De acordo com a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), não há registro de presos ou feridos na ação.
Os dois tiroteios ocorrem um dia após duas perseguições a criminosos nas ruas “do asfalto” da zona sul.
Em Laranjeiras, próximo ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, três bandidos trocaram tiros e lançaram uma granada contra PMs numa perseguição que vinha desde o Rio Comprido (zona norte).
Na Lagoa, um homem que havia acabado de roubar uma loja de celular em Ipanema trocou tiros com PMs. O suspeito foi ferido de raspão e preso. Um comparsa conseguiu fugir.
Pesquisa Datafolha mostra que, se pudessem, 72% dos moradores dizem que iriam embora do Rio por causa da violência.
O desejo de deixar a cidade é majoritária em todas as regiões e faixas socioeconômicas –foram ouvidas 812 pessoas, e a margem de erro do levantamento é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. Nas últimas semanas, segundo o Datafolha, um terço dos moradores mudou sua rotina e presenciou algum disparo de arma de fogo. O levantamento revela que 67% das pessoas ouviram algum tiro recentemente. (Folhapress)