O primeiro convidado da sabatina de candidatos à prefeitura de Trindade, realizada pela Rádio Bandeirantes em parceria com o Diário de Goiás, Dr. George (PDT), destacou os planos e investimentos na saúde, caso seja eleito. Em entrevista aos jornalistas do DG, Altair Tavares, e da Rádio, Thyago Humberto, na tarde desta quarta-feira (11), o candidato ainda criticou o mau uso de recursos da atual gestão na saúde, que foi o mínimo obrigatório previsto no orçamento, de 15%, conforme mostrado em reportagem do Diário de Goiás.
Questionado sobre o quanto pretende destinar, caso seja eleito, Dr. George Moraes pontuou que até 30%, para que outras áreas não sejam afetadas. O candidato do PDT ainda mencionou que vai fazer o possível para que as gestantes voltem a realizar partos na cidade, sem mais depender do atendimento das maternidades da capital, e, que pretende criar uma unidade municipal ou convênio com hospitais particulares para melhor atender os cidadãos.
Thyago Humberto: O senhor tirou o Moraes, o sobrenome. Esse ano é Dr. Jorge e só, por que isso?
Dr. George: O nosso grande foco nessa campanha, porque, pra mim, é orgulho carregar o nome Moraes primeiro, então, não tem nenhuma dificuldade com relação a isso. Mas nós temos dois médicos na chapa, e a chapa é 100% doutor. O maior problema de identidade hoje é a saúde, e daí, quando você só usa os dois nomes, Dr. George, valoriza mais o médico. E também, o Dr. Daniel, tiramos até o sobrenome dele também, que é Cabrini, porque também valoriza mais o doutor, aí fica os dois nomes, valorizando esse, até o norte da nossa campanha, a chapa é 100% doutor.
Thyago Humberto: Vamos começar falando de saúde. É uma espécie de ranking que há entre os 246 municípios do estado e Trindade está aí com esse número bem alto (posição 238)?
Dr. George: Se nós pegarmos os dados dos últimos 25 anos, estudo histórico, pelos dados do próprio Ministério da Saúde, Trindade nunca esteve numa situação tão catastrófica como está agora. Para você ter ideia, quando se fala em prevenção de câncer, ela analisa vários índices, como a vacinação, como a prevenção de câncer. Quando se fala em prevenção de câncer, hoje nós estamos com 13%, ou seja, a maioria das nossas mulheres não estão tendo acesso a fazer o seu exame de prevenção. Isso são dados preocupantes, porque quando você não cuida da questão primária saúde, sem dúvida, nós vamos ter muito mais casos graves da questão secundária, porque você não está fazendo o dever de casa.
Altair Tavares: Divulguei recentemente, no Diário de Goiás, o levantamento, mostrando que Trindade é o município que menos investiu do seu orçamento percentual, que o obrigatório é 15%. Entre os municípios da região metropolitana, Trindade é o que menos investiu do seu recurso em saúde. Essa situação, está refletindo nessa dificuldade do atendimento?
Dr. George: Sem dúvida. Eu vi essa matéria que me despertou para poder fazer um estudo mais aprofundado. A falta de investimento na saúde é gritante, ou seja, hoje Trindade tem andado na contramão da história. Se nós pegarmos o comparativo da nossa administração de 2001 a 2008, mais de 20 anos atrás, chega a ser vergonhosa.
Só para você ter ideia, nos nossos índices da questão primária da saúde, pelo levantamento, nós tínhamos praticamente 100% de cobertura, de 2001 a 2008. A questão primária é a saúde. A questão primária é a saúde da família. Basicamente é a cobertura, as vacinações das crianças, exames de prevenção, são esses cuidados que são avaliados, principalmente. Olha como que despencou de 2021 a 2024, ou seja, um dos piores do Estado.
Isso é muito preocupante. Só para você ter ideia, quando eu assumi a prefeitura em 2001, o primeiro ato meu, como prefeito, foi lançar a pedra fundamental do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade) na época. Porque havia, como deputado estadual, colocado a emenda para construir o Hetrin. Então, quando eu assumi, já estava tudo preparado. Quando eu cheguei no governador na época, eu falei: “governador, vamos colocar uma situação para funcionar?”. O governador Marconi Perillo falou, “eu não vou poder fazer isso. Porque se eu abria essa oportunidade para a Trindade, para o Estado bancar o Hospital de Trindade, eu vou ter que abrir isso para o Estado inteiro. Eu não vou dar conta”. Então falei, “eu faço o convênio com o Estado, eu assumo a administração e o gasto com o Hospital de Trindade, com o Hetrin”. E assim nós fizemos.
Naquela época, quando nós inauguramos o hospital, nós colocamos lá várias especialidades médicas que faziam cirurgias. Por exemplo, não para a vaidade, mas nós tínhamos lá o cirurgião plástico. Ele fazia para aquelas pacientes que tinham mama volumosa, pacientes que faziam cirurgia bariátrica, que precisavam fazer aquela cirurgia de retirada de excesso de pele, fazia lá. A criança, por exemplo, que tinha um problema de adenoide. O adenoide é triste, porque a criança não respira. Até a face dela vai ficando modificada, ela tem uma face característica. Então, tinha lá o doutor Elmar Brito, que é um médico famoso de Santa Casa, que fazia cirurgias de otorrino e de amígdala no município de Trindade. Nós também tínhamos o ortopedista, tínhamos o cirurgião geral. Tínhamos também o proctologista e o urologista, que era o doutor Dildo Brenner e o doutor Paulo, também de Santa Casa. Ele internava e fazia as cirurgias. Fazia média complexidade. Nós tínhamos uma policlínica que atendia a 27 especialidades no município. Naquela época, nós conseguimos construir, no nosso mandato, 30 unidades de saúde. Ou seja, chegamos praticamente a 100% de cobertura no município com relação à questão da saúde básica.
E também nós tínhamos uma unidade, que era o posto Fernando, lá na região central. Uma unidade de urgência, que atendia 24 horas e tinha também na região de Trindade II. Hoje, o Hetrin, que hoje é Hetrin, passou para o Estado e o Estado assumiu os partos que eram feitos na nossa época. Tinha que nascer 15 crianças no dia. Primeiro, quando eu saí da prefeitura, passou a fazer só partos na terça e na quinta-feira, cesarianas, que é um absurdo. O pior é que agora, na atual administração, não nascem mais bebês em Trindade. Nascem em Goiânia, ou seja, elas humilham, batem nas portas das maternidades, e isso é um grande transtorno para a mãe.
Porque é a hora que ela vai receber o presentinho de Deus. É a hora que ela vai estar lá. Ela não tem a segurança de não conhecer o médico, não conhecer a unidade, não sabe para onde vai. Muitas das vezes ela vem e é mandada para trás, para o município, porque não tem vaga. Isso é desumano. Então, o meu primeiro compromisso, como prefeito, vai ser, nos primeiros seis meses da nossa administração, os filhos de Trindade vão voltar a nascer em Trindade.
Quando eu falo em implantar uma maternidade, eu não quero… Nos prometeram isso uma, duas, três vezes. Com a deputada Flávia, nós conseguimos agora um recurso e o Estado está construindo uma maternidade ao lado do Hetrin. Vai demorar ainda dois, três anos para poder terminar a construção. Eu não sou inocente de falar que vou construir uma maternidade. Mas o seu compromisso é de fazer um convênio com o hospital particular. O serviço será implantado até com a faculdade que foi criada lá em Trindade. O meu compromisso é que os filhos de Trindade vão voltar a nascer em Trindade e que as gestantes vão ter um parto seguro e humanizado.
Altair Tavares: Você falou de implantar um programa para reduzir as cirurgias eletivas a zero. Qual é a fila de cirurgias eletivas hoje em Trindade?
Dr. George: Hoje, na verdade, nós já estamos promovendo isso. Ou seja, hoje nós temos a parceria com o Cerof, onde a deputada Flávia colocou 12 milhões. E no estado inteiro, nós já fizemos mais de 5 mil cirurgias com o Dr. Marcos Wagner. Em Trindade, mais de 500 cirurgias de catarata. Vamos ampliar esse trabalho. E em parceria com o estado no Hetrin, nós conseguimos mandar também alguns recursos e já conseguimos fazer, inclusive, as cirurgias de varizes, também cirurgias de estereotomia, de colecistectomia, que é retirada da vesícula, estereotomia, que é retirada do útero. Essas cirurgias nós já conseguimos diminuir bem a fila. Mas a nossa intenção é que o paciente… A demanda, ela nunca vai acabar. Mas a nossa intenção, no nosso mandato, é que as pessoas não esperem mais do que 3 meses para poder realizar a sua cirurgia aditiva.
Thyago Humberto: Vendo os dados do Tribunal de Contas dos Municípios, ficou mesmo no limite, no limite do que a lei exige. Por que o senhor acredita que o investimento foi desse jeito? Por que a saúde não estava muito boa, muito qualificada em Trindade?
Dr. George: Chega a ser vergonhoso essa situação. Porque, na realidade, só não é menos, porque tem um limite mínimo de 15%. Se não tivesse, eles abaixavam mais ainda. Porque não existe, no município hoje, infelizmente, um compromisso com a saúde. E está comprovado em todos os índices. Quando você faz qualquer análise séria, quando você faz qualquer estudo, você simplesmente observa que a cobertura a cada dia que passa está diminuindo. Quando os agentes com unidade de saúde estão diminuindo a quantidade do município, não estão repondo, não estão fazendo logo os concursos, estão fechando a unidade de saúde, isso é preocupante. Ou seja, observe bem. Se nós tínhamos uma unidade de 24 horas para a região central, tiraram essa unidade. Hoje, o Hetrin, que é do Estado, está fazendo esse papel de atender às urgências. E também não tem, realmente, a paciente chega na unidade de saúde de urgência. Não, é porta aberta, mas não funciona. O paciente tem que plantar mais estratégias da família, mais unidades de saúde nos setores que estão descobertos. É porque hoje a pessoa chega para poder marcar uma consulta, só daqui a 30 dias.
Ela não encontra uma dipirona na unidade de saúde. Ou seja, isso faz com que a gestante, a paciente, a gestante ou a criança, procure a unidade que é 24 horas lá, que é do Estado. Isso sobrecarrega o Estado, o município não tem unidade de 24 horas. Como vamos resolver isso? Temos que analisar como vamos fazer isso: aumentando o investimento na saúde, construindo mais unidades de saúde, abrindo mais equipes, mas também, ou seja, no primeiro momento nós temos que estender o atendimento. O que é?
Quem fez o horário estendido? Seria das 17h às 22h, ter mais um turno, para que no primeiro momento nós pudéssemos estar resolvendo essa questão de saúde, de demanda reprimida que existe hoje no município de Trindade.
Altair Tavares: Se o senhor fala de toda essa prioridade de saúde, por que gastar dinheiro com a construção de uma nova sede para a prefeitura, se essa questão da saúde é prioridade?
Dr. George: Eu vejo que nós temos que investir em todas as áreas. Hoje, o município de Trindade, não tem, no primeiro momento, você vai se estruturar tudo, poder investir mais na saúde, isso é meu compromisso, não tem como fugir disso. Mas também é vergonhoso o município do tamanho de Trindade, a capital da fé dos goianos, não ter uma sede própria, alugar um prédio para poder ter ali os seus equipamentos. Hoje o prédio é alugado. Então, eu tenho que saber como buscar os recursos.
Não estou falando que eu vou gastar o dinheiro da prefeitura para poder construir esse prédio. O que nós temos hoje, como conseguir através dos nossos senadores, da deputada Flávia Moraes, senador Jorge Cajuru, senador Vanderlan, senador Wilder Moraes, colocar recursos para poder construir. Eu não estou pensando em gastar dinheiro da prefeitura para construir o prédio, não.
Eu estou pensando em buscar recursos, mas que nós vamos construir esse prédio na altura do município de Trindade, vamos até porque, como deputado, eu tive orgulho de colocar lá uma lei que torna Trindade, hoje, a capital da fé dos goianos. Então, nós temos que ter um local à altura para receber esses turistas que vêm do mundo inteiro.
Thyago Humberto: Na cidade tem um hospital municipal, candidato?
Dr. George: Tinha. Porque, na verdade, o hospital era municipal na minha gestão. Agora, o que que eles fizeram, pegaram o hospital e entregaram para o Estado. Então, hoje, na região central, não tem nenhuma unidade 24 horas do município, não tem nenhuma unidade com horário estendido para atender a comunidade e não tem nenhum hospital municipal.
Thyago Humberto: No seu plano de governo, o senhor fala que vai requalificar esse hospital municipal. De que maneira que é? Fazendo um controle do Estado, a prefeitura?
Dr. George: O que existe hoje é o seguinte, nós vamos fazer, vamos colocar, fazer o espaço seguro e humanizado no Trindade. Então, nós vamos ter que fazer uma alocação ou um convênio. Ou se não, e hoje nós usamos um pouco da estrutura do Estado.
Quando concluir a maternidade do Estado, nós vamos fazer uma parceria com o Estado e, sem dúvida, a gente vai poder ampliar esse serviço. Mas o intuito nosso, como administrador, é que no futuro, o Trindade também tenha a oportunidade de ter o seu hospital, que, na minha opinião, deve ser um hospital materno infantil no primeiro momento.
Altair Tavares: Trindade tem a característica de ter sempre três polos aí na disputa para prefeito de Goiânia. Essa aliança com o PL está somando o quê? Do ponto de vista político para a gestão, considerando que, como você disse, o senhor conseguiu reunir um grupo. Como é que o cidadão está interpretando essa junção?
Dr. George: O que existe hoje em Trindade é uma grande avaliação negativa da atual administração. Se você for olhar todas as últimas eleições, sempre a situação estava ganhando porque a oposição se dividia. Então, nós chegamos a essa conclusão. Hoje, nós praticamente pegamos o grupo dos Cabrini, do Ricardo Fortunato e outros grupos da oposição e unimos tudo em torno do nosso nome como consenso. E isso polarizou a eleição. E todas as pesquisas têm feito e demonstrado que esse grupo hoje está com uma ampla vantagem para poder ganhar a eleição.
E isso principalmente pelo fato de a atual gestão ter uma administração com uma rejeição muito grande porque ela não entregou os serviços, os compromissos que ela fez com a comunidade Trindade. Se você for pegar os vídeos da campanha passada, praticamente 100% dos compromissos da atual administração não foram executados.
Altair Tavares: Mas o seu adversário também, o principal, juntou. Na prática, temos dois grandes grupos?
Dr. George: Exatamente. Eu também não tenho dúvida, não. Eu falo que em política, primeiro, não tem eleição a ganha, não tem eleição fácil. Então, tem que ter hoje, é uma oportunidade que nós estamos tendo hoje, de ter uma disputa à altura em Trindade. Onde você pode comparar administrações e resultados daquilo que foi feito. Eu fico muito tranquilo exatamente por isso. Para o campo da comparação daquilo, se você for pegar em termos de receita, de 2001 a 2008, quando eu fui prefeito, a receita em Trindade era de aproximadamente 2 milhões e meio, 3 milhões.
A receita hoje é de 50 milhões. Praticamente, aquilo que nós recebemos no ano é o que recebemos no mês. E quando você vai analisar em termos de infraestrutura na cidade, ou seja, a cidade, quem disse são os moradores, quando as pesquisas apontam, que a cidade está abandonada. A malha e a pavimentação asfáltica toda detonada, com recuperação. Os lotes sujos, as calçadas sem limpeza. A saúde em uma situação caótica, como os próprios números demonstram, que vocês puderam comprovar em termos de investimento. Isso tudo coloca também algumas outras ações sem planejamento que foram realizadas nos últimos tempos. Até como forma de poder mostrar-se isso no final da administração. A administração vai ter que ser 4 anos. Eu queria fazer tudo em 3 meses.
Desesperadamente, eles cometeram um erro atrás do outro. Primeiro. Um mês atrás, eles começaram a pegar as principais avenidas de Trindade para poder fazer uma ilha e começaram simplesmente a derrubar as árvores, a podar as árvores. Um crime ambiental enorme. Árvores de 7 copas e peso, com 15 anos, 20 anos. Eles simplesmente foram cortando. Isso revoltou a comunidade local. Porque se qualquer cidadão tivesse feito isso, ele estaria até preso.
Agora a prefeitura foi lá e se achou no direito de poder fazer uma poda indiscriminada dessas árvores. E isso revoltou a comunidade de Trindade. Então, são atos, são fatos como esse, que hoje facilitam a instituição cidade.
Altair Tavares: O seu partido, o PDT, ele é meio camaleônico. Como está essa situação?
Dr. George: Com tranquilidade. Eu falo pra você que, na realidade, não é só o PDT, não. Se você pegar qualquer partido, eu falo que hoje a questão é mais municipal. Daí nós temos essa clareza. Então não tem essa dificuldade, não. Eu sou uma pessoa de partido e eu sou companheira. Nós temos uma palavra, nós vamos até o final. Tanto é que quando nós temos uma palavra, o vereador do PDT fazia parte da administração. Nenhum momento você viu discussão que o PDT ia deixar o barco. É porque a situação do local prefeito estava ruim. Nós não tivemos a nossa postura e a nossa ética. Quando o Vilmar já foi candidato lá em Aparecida, quando ele era candidato, nós estávamos lá com a União Brasil. Se você for pegar, mesmo a União Brasil tendo candidato a prefeito de Trindade, tendo o nosso respeito ao Ronaldo Caiado, se você for pegar a Anápolis, o PDT está com quem? Com a União Brasil. Se você pegar Valparaíso, Luziânia, o PDT está com quem? Em Aparecida nós estamos com o PL, porque quando houve a definição para a retirada do nome do Vilmar, o nosso grupo se reuniu e optou para apoiar o professor Alcides. Então nós respeitamos também essa questão local. E hoje nós temos parceria. A maior parceria nossa já está aí.
O PDT apoia o MDB. Mas se você pegar o levantamento dos vários municípios, o nosso maior número de prefeitos que nós apoiamos é do União Brasil. E nem por isso há dificuldade da nossa parte. Hoje eu falo que a questão municipal é uma questão, para mim, mais local.
Thyago Humberto: O senhor fala no seu plano de governo sobre reforma administrativa para adequar cargos. O senhor está pensando em o quê? Acabar com algumas secretarias, por exemplo? Ou aumentar, criar algumas secretarias em junção com outras? O que o senhor está pretendendo fazer em eventual governo?
Dr. George: Eu acho que primeiro, nós estamos fazendo esses diagnósticos. E é claro que nós vamos criar secretarias, vamos extinguir outras. Não é uma coisa que já está predefinida agora. Nós queremos entrar para dentro da prefeitura, fazer um estudo planejado com calma. Não no primeiro dia, no segundo dia, mas fazer alguma coisa planejada para que nós possamos buscar um desenvolvimento sustentável de Trindade.
Então nós queremos realmente buscar parcerias com a universidade para que nós possamos fazer isso de forma coerente, possamos fazer. Eu tenho a responsabilidade. Eu tenho que poder fazer, com todo o apoio que nós temos hoje, do federal, dos deputados, dos senadores, nós temos a responsabilidade de fazer a melhor administração da história de Trindade. Nós não podemos errar. Nós temos que ter essa responsabilidade de poder fazer bem feito, de fazer com amor e de fazer o melhor. Porque em Trindade eu falo sempre que merece o melhor.
Thyago Humberto: Me chamou a atenção o valor da receita de Trindade que o senhor falou, fazendo a comparação quando o senhor esteve à frente da prefeitura, de 2 milhões para 50 milhões. A despeito da pandemia, ainda houve essa receita tão alta, candidato?
Dr. George: Exatamente. Eu falo que, na realidade, eu fico assim observando, porque eu conheço, porque eu já fui prefeito de Santa Bárbara, uma cidade com 5 mil habitantes, e fui prefeito de Trindade por dois mandatos. Na minha reeleição em Trindade, quando eu fui reeleito, dos 10 vereadores que tinha na época, nós fizemos os 10. Fizemos 100% da Câmara. E depois a deputada Flávia foi eleita deputada e depois foi a mais votada do Estado. Então são 6 eleições da deputada Flávia e 5 eleições do Dr. George. Eu sempre conheço bem essa questão de política, então, quando se fala que é injusto justificar a má gestão pelo Covid, aí eu falo que é um grande erro. Porque eu nunca vi sobrar tanto recurso como no Covid. As escolas estavam fechadas. As unidades de saúde, o povo tinha medo de ir nas unidades de saúde. Não tinha praticamente gasto nenhum. Recurso? Veio tanto recurso para o Covid que eles não conseguiriam nem gastar tudo. A deputada Flávia fez um PPL e injetou nas contas do governo do Estado mais de 140 milhões. É porque o dinheiro que não foi utilizado na época do Covid não poderia ser utilizado para outras unidades. Ela conseguiu aprovar e fez com que esse dinheiro voltasse para a saúde.
Então eu vejo que, na realidade, o que está faltando agora nessas questões todas é uma reforma administrativa altura e colocar a Trindade no caminho certo para que nós possamos fazer com esse recurso uma administração que seja bem organizada, planejada e de forma competente e reestruturada. Hoje praticamente tudo que tem em Trindade não foi do nosso mandato. Mas se você pegar o hospital…
Altair Tavares: Não é muita ousadia dizer que parou lá em 2008?
Dr. George: As grandes transformações. Vou perguntar para você. O Corpo de Bombeiro foi para a Trindade quando? No nosso mandato. O Hospital de Trindade foi quando? No nosso mandato. A UEG foi quando? No nosso mandato. O Vapt-Vupt foi quando? No nosso mandato. Unidade de saúde do Trindade 2? Praticamente quase todas, mais de 25 unidades de saúde consolidadas na nossa administração. Extensão do Eixo Anhanguera? A extensão do Eixo Anhanguera foi no governo Marconi também. Inclusive o recapeamento, recuperação do Eixo Anhanguera foi no governo Marconi também. Foi na nossa época também.
Então, o Parque Municipal, o Fórum foi construído na nossa época. A Câmara Municipal foi na nossa época. A modernização da Romaria do Divino Pai Eterno. O Carreiródromo. Então todas essas alterações. O Corpo de Bombeiro foi uma obra que o Marconi considera livre de Estado. O ponto de apoio na rodovia, que hoje é a Barraca do OVG, fomos nós que implantamos na nossa época. Depois o governo assumiu aquilo. A rampa do santuário, a gruta do santuário, a Via Sacra. Aquelas imagens que tem lá foi da nossa época. Então foi um boom que deu em termos de Romaria, tanto que nós criamos um programa que se liga com o Sebrae. Que se chamava “Trindade, 365 dias de fé”. E foi necessário. Depois desse tempo eu dei o fim para a Assembleia. E para ainda aprovar uma lei, aquele programa “Trindade, a capital da fé”.
Thyago Humberto: Algumas fontes com quem eu conversei falam muito, candidato, que Trindade já passou da hora de ter uma guarda municipal. No seu programa de governo que há esse projeto. Procede mesmo, tem condições de ser criada uma guarda lá?
Dr. George: Isso vai fazer parte da nossa reforma administrativa, estamos tentando para isso. Se hoje já tem uma GCMP, foi criado também no nosso mandato. E agora vamos fazer todo esse trabalho para ter a guarda civil, municipal, bem como também uma sala de situação à altura, porque nós temos a intenção de criar uma cidade inteligente, como foi feita em muitas ações, como é sempre a Aparecida de Goiânia.
Altair Tavares: O servidor de Trindade tem assistência médica pelo Ipasgo?
Dr. George: Eu não sei, eu não posso informar com precisão hoje, mas eu acredito que sim. Ou já teve? Acho que tem, sim.
Altair Tavares: O Ipasgo vai cobrar das prefeituras o déficit. Então, se o senhor estiver lá, se prepare.
Dr. George: Não é só isso não. Infelizmente, a atual administração fez um empréstimo, agora, de 60 milhões para trocar as lâmpadas de LED, e quem vai pagar a conta vamos ser nós. Quem vai pagar a conta é a próxima administração.
Altair Tavares: Se a Trindade é o que pior investe em saúde, em termos de percentual do orçamento, o senhor, em números, quer chegar a quanto?
Dr. George: Pelos estudos que eu tenho, e pelo que comporta o município, eu acho que o máximo que a gente consegue chegar, sem atrapalhar as outras áreas, é em 29, 30%. É praticamente dobrar esse investimento.