Enquanto os rivais de São Paulo brigavam por Valdivia, do Internacional, o Santos gastou seus esforços no último mês para contratar o Valdivia original, conhecido como o “Mago”. Depois de quase fechar com o meia nos últimos dias, o clube negocia para ter o chileno no meio do ano, quando ele ficará sem contrato com o Al Wahda, dos Emirados Árabes.
A reportagem apurou que o ídolo do Palmeiras quase assinou contrato com o alvinegro praiano antes do mata-mata contra a Ponte Preta, válido pelas quartas de final do Campeonato Paulista. A ideia era que ele fosse anunciado nesta sexta-feira, dia em que o clube comemora o aniversário de 105 anos.
A negociação dura quase dois meses e o Santos ofereceu um contrato de produtividade, incluindo salário fixo, ao meia. Valdivia havia aceitado inicialmente, mas recuou no dia da assinatura. No entendimento dos dirigentes santistas, o chileno aumentou a sua pedida salarial em cima da hora para aproveitar a pressão do fechamento da janela brasileira para o exterior, em 4 de abril. O presidente Modesto Roma se incomodou, não aceitou a exigência e, inclusive, chegou a dar a contratação como encerrada.
Dorival Júnior, no entanto, insiste para que o mandatário feche com Valdivia para o meio do ano, quando reabre a janela de transferências. A ideia da comissão técnica é que a diretoria encaminhe a contratação o mais rápido possível para evitar concorrentes, principalmente no Brasil.
Valdivia havia aceitado um salário que se encaixa nos padrões do clube. Até a exigência do chileno de última hora, se fosse aceita, não ultrapassaria o teto salarial do Santos. Como o contrato dele com o Al Wahda termina no meio deste ano, o clube paulista só gastaria com o ordenado do atleta.
Hoje, os maiores salários do clube são Lucas Lima e Ricardo Oliveira, os únicos que ganham mais de R$ 300 mil no clube. Valdivia, se a negociação se mantiver no patamar atual, entraria com salário inferior a isso. Para alguns dirigentes, a negociação já está encerrada. A comissão técnica, por sua vez, segue sonhando com Valdivia.
Para ser fechado, o chileno terá de voltar atrás e assinar a minuta do contrato que está pronta e que, aliás, ele já havia aceitado.
Caso isso não ocorra, o presidente Modesto Roma terá de recuar e aceitar o último pedido salarial de Valdivia caso não queira perder o jogador. A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do jogador, mas não a encontrou.