O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), assinou decreto nesta sexta (8) para a criação de quatro novos batalhões da Polícia Militar com “padrão Rota” até abril no estado e anunciou a implantação do programa Corujão da Saúde em três novas regiões neste mês.
Os novos Baeps (Batalhões de Ações Especiais da Polícia), que cuidam de ocorrências de alto risco, ficarão no centro da capital paulista, em São Bernardo do Campo, em Presidente Prudente e em São José do Rio Preto. Todos estarão em operação até o dia 12 de abril, segundo Doria.
Os lugares foram escolhidos com base na “vocação da região” e nos “problemas identificados que nós queremos vencer”, segundo o comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles. Ele e o governador não deram detalhes sobre os critérios.
Cada um terá entre 265 e 295 policiais, que passarão por treinamento com o Comando de Policiamento de Choque. O efetivo será composto por policiais recém-formados e de outros batalhões. Segundo o governador, haverá reposição de policiais nas unidades em que houver desfalque.
As unidades contarão com 30 viaturas SUV e um ônibus para transporte da tropa.
Hoje, há cinco Baeps em São Paulo: em São Miguel Paulista (zona leste), Campinas, São José dos Campos, Barueri e Santos. A meta do governador é lançar um total de 17 novos batalhões do tipo.
Segundo Salles, as Forças Táticas serão mantidas, auxiliando os comandantes regionais.
A ideia de expandir os batalhões gerou tensão na campanha eleitoral, quando um ex-secretário nacional da Segurança Pública, coronel reformado da PM José Vicente da Silva, deixou a equipe de conselheiros de Doria por discordar da proposta.
Já a primeira fase da versão estadual do Corujão da Saúde começará a ser implementada em 25 de fevereiro em três lugares: na capital paulista, em Campinas e em Taubaté. A etapa contará com mais de 150 mil exames e incluirá endoscopia, ultrassom e mamografia.
A expectativa é que de que a fila de espera seja reduzida “significativamente” em até 60 dias nesses lugares, de acordo com o secretário de Saúde, José Henrique Germann Ferreira.
Em São Paulo, nos três primeiros meses do programa, feito em parceria com hospitais da rede privada durante a gestão de Doria como prefeito, a fila de exames de imagem deixada pela gestão Fernando Haddad (PT) foi zerada.
Mas, em maio do ano passado, quando o tucano deixou a prefeitura, a maior parte de exames e consultas ainda levava mais de dois meses para ser feita na rede municipal da capital paulista, como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo. Doria apontava 60 dias como adequado para a realização dos exames. (JÚLIA ZAREMBA, SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)