A equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (28) um pacote antienchentes com a promessa de aumento das equipes que fazem o trabalho preventivo, mesmo com corte de 15% nos contratos de prestação de serviços.
A entrevista coletiva também foi marcada por críticas à herança deixada pela gestão de Fernando Haddad (PT), que, segundo o staff de Doria, diminuiu o tamanho das equipes de limpeza da cidade.
“Num bom entendimento com as empresas que fazem a prestação de serviço ficou claro que não haverá redução e muito menos interrupção de serviços. Aos contrário, vai haver aumento de eficiência com ação integrada com o governo do Estado, ação contínua da prefeitura e uma revisão de sistemas”, disse Doria.
Um dos motivos para a grande quantidade de enchentes durante as épocas de chuva é o entupimento de bocas de lobo por lixo jogado nas ruas, além do grande número de quedas de árvores.
O secretário adjunto da pasta de Prefeituras Regionais, Fábio Lepique, que coordenará ações de combate às enchentes, criticou a atual gestão por diminuir serviços de poda, jardinagem e limpeza.
“Estamos herdando uma situação difícil. A zeladoria não vai bem”, disse, apresentando números para exemplificar a queda na qualidade dos serviços. “Poda e remoção de árvores, a média histórica é 90 equipes. Hoje nós temos 40 equipes. Conservação de galerias de águas pluviais, média é 75, hoje nós temos 40”.
Lepique prometeu fazer um pente-fino nos contratos, com objetivo de aumentar a eficiência. Segundo ele, também será possível fazer um corte não linear, em que haja maior ou menor diminuição em algumas áreas, desde que a economia chegue a 15%.
Doria anunciou a intenção de construir novos 20 piscinões já projetados pela gestão Haddad. Além disso, o tucano prometeu manter uma bomba fixa na região do Jardim Pantanal, bairro na zona leste conhecido por ficar submerso nos períodos chuvosos, para retirar a água do local com velocidade.
O prefeito também pretende antecipar o horário de coleta de lixo e de varrição. São estudados ainda demandas das empresas de limpeza, como ampliação do horário de funcionamento dos aterros e permissão para caminhões trafegarem fora do rodízio.
A coletiva aconteceu no Centro Integrado de Comando e Controle Regional, do governo estadual, que foi usado para controlar as operações da Copa do Mundo de 2014. O local será usado para integrar equipes municipais e estaduais no combate aos efeitos negativos das chuvas.
Treze órgãos, como Defesa Civil, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Corpo de Bombeiros, entre outros, atuarão na operação conjunta. Segundo o futuro secretário da Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues, que coordenará a Defesa Civil, esse tipo de cooperação é inédita.
Folhapress