O prefeito João Doria (PSDB) convocou a imprensa para anunciar que conseguiu um emprego para um familiar do camelô morto por espancamento na estação Pedro 2º do metrô.
Luiz Carlos Ruas, conhecido como Índio, foi morto no dia 25 de dezembro por dois homens após defender travestis.
Doria disse que se sensibilizou com um telefonema do vereador Eduardo Suplicy (PT), em que ele manifestou preocupação com a família de Ruas. “O Eduardo telefonou sensibilizado sobretudo com a questão da renda da família, porque o Índio era o arrimo da família”, disse Doria.
O tucano entrou em contato com a concessionária Soma, que presta serviço de coleta de lixo na cidade. A empresa conseguiu um emprego de motorista para Reginaldo Ruas, irmão do camelô, com salário de R$ 2.200, mais benefícios.
O irmão do camelô, que estava presente com outros familiares, foi consultado pelo prefeito se poderia informar quanto iria ganhar -ele disse que não se opunha e agradeceu a oportunidade.
Ao final da coletiva, mais dois familiares de Ruas pediram emprego a Doria. O prefeito disse que os encaminharia à Soma.
A entrevista mobilizou, além de Doria, Suplicy e Reginaldo, os secretários Soninha Francine (Desenvolvimento Social), Patrícia Bezerra (Direitos Humanos) e Eliseu Gabriel (Trabalho). Também estava presente o padre Julio Lancelotti, da pastoral do Povo de Rua, um dos maiores críticos à política para moradores de rua do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
No evento, Suplicy cobrou mais autorizações de camelôs -Doria já anunciou que vai tirar camelôs das ruas para liberar as calçadas. “É preciso avançar na democratização da regulação do TPU [autorização para trabalho de camelô] para o comércio ambulante”, disse.
Doria afirmou que, em outra ocasião, anunciaria seus planos para os camelôs na cidade.
Folhapress