O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou no fim da manhã desta segunda-feira (7/12) já há um calendário da vacinação no estado contra a covid-19. A princípio, Doria informou que os profissionais de saúde e pessoas maiores de 60 anos serão os primeiros a tomarem a primeira dose da vacina. O governo paulista disse que a expectativa é de que a campanha comece em 25 de janeiro, mas isso ainda depende da aprovação da vacina CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A fala do governador de São Paulo ocorreu em coletiva de imprensa e foi dito também oferecerá 4 milhões de doses da vacina a outros estados brasileiros. Como cada pessoa precisa de duas doses da vacina, essas 4 milhões serão suficientes para 2 milhões de brasileiros.
“No estado de São Paulo, a vacinação está programada para começar no dia 25 de janeiro. A fase 1 será destinada para profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos. A escolha do público-alvo levou em conta a incidência de óbitos, um total de 77% das mortes por covid foi concentrado nas pessoas acima de 60 anos. [A vacina] será gratuita para todos. O governo de São Paulo também vai disponibilizar para outros estados o total de 4 milhões de doses da vacina CoronaVac a estados que solicitarem. O objetivo é que esses estados possam iniciar imunização dos seus profissionais de saúde, público prioritário no combate à covid-19, reconhecendo o sacrifício -de quem arrisca a vida para salvar vidas”, disse Doria.
A vacina que o governo paulista se refere é a CoronaVac, desenvolvida e testada pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O acordo entre Doria e o laboratório foi firmado de 46 milhões de doses. Primeiramente serão 18 milhões de doses. A pessoa pode tomar a segundo dose 21 dias após tomar a primeira.
O governo Doria apresentou também a logística para a vacinação. Será de segunda a sexta-feira das 7h às 22h, aos sábados, domingos e feriados das 7h às 17h.
“A campanha terá grande estrutura logística e de segurança pública, com 54 mil agentes de saúde e 25 mil agentes de segurança, enquanto perdurar o período de vacinação”, completou o governador.
De acordo com o governo de São Paulo, este plano de vacinação depende da aprovação da Anvisa. O Instituto Butantan entregará os documentos com a última fase de testes à Anvisa no dia 15 de dezembro. A agência tem um prazo de resposta máxima até o dia 15 de janeiro. Não há garantia de que a vacina será aprovada, mas o governo paulista está confiante.
Ainda na coletiva, João Doria criticou a postura do presidente Bolsonaro pela ‘demora’ no tocante à vacina.
“Por que vacinar em março se podemos começar a vacinar em janeiro? Para atender a um capricho de alguém que, sentado no Palácio do Planalto, acha que tem que ser uma vacina só?. Triste o Brasil que tem um presidente que não tem compaixão pelos brasileiros, que abandonou o Brasil e os brasileiros”, concluiu Doria.