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Política
| Em 4 anos atrás

Dono de campanhas vitoriosas, Maguito teve apenas duas derrotas em 11 pleitos eleitorais

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Das 11 campanhas que participou como candidato, Maguito Vilela perdeu apenas duas delas: em 2002 e 2006, ambas para o Governo de Goiás, sendo derrotado por Marconi Perillo (PSDB) e Alcides Rodrigues (na época, no PP), respectivamente. Derrotado por complicações da covid-19 nesta quarta-feira (13/12), Maguito disputou outros 9 pleitos, saindo vitorioso em todos.

Maguito iniciou sua trajetória política em 1976 como vereador de Jataí, após uma incursão breve pelo futebol tendo passagens pela Jataiense e Atlético Goianiense. Eleito pelo Arena, o advogado teria um histórico extenso de campanhas vitoriosas.

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Em 1986, já no MDB, onde fincou raízes e de lá nunca saiu se tornando uma das principais lideranças do partido no Estado e no Brasil, se elegeu deputado estadual em 1982 e partiu para Brasília em 1986, em mandato como deputado federal. 

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Voltou para Goiás, desta vez para o Palácio das Esmeraldas em 1991. Em 1990 fez parte da campanha vitoriosa de Iris Rezende (MDB) ao governo do Estado e seria seu vice pelos próximos quatro anos. Com a decisão de Rezende em ir para o Senado, caiu em seu colo a campanha para o Governo de Goiás e em 1994 foi eleito governador.

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Em 1998, mais uma vitoria: se abriu mão do Governo de Goiás para o retorno de Iris Rezende, voltou à Brasilia ficar os próximos oito anos como Senador da República. 

Até 2002, Maguito havia participado de seis campanhas, obtendo 100% de aproveitamento em todas. Não perdeu nenhuma e pavimentou seu nome para o MDB tentar voltar ao poder em Goiás, já que havia perdido a última eleição para o “tempo novo” do tucano Marconi Perillo. Mas aí vieram as primeiras e únicas derrotas de sua trajetória.

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Em 2002, chegou a ir ao segundo turno, mas não conseguiu conter a onda azul tucana promovida pelo ainda jovem Marconi Perillo. Em 2006 também deu trabalho, mas veio uma nova derrota para retorno ao Palácio das Esmeraldas e viu Alcides Rodrigues, então vice de Marconi, ser eleito governador.

As derrotas não abalaram o advogado que viu em Aparecida de Goiânia um domícilio para retomar sua trajetória política. Em 2008, enfrentou a resistência de familiares que acreditavam que a administração da cidade seria uma bomba na carreira de Maguito, para se eleger prefeito. Por dois mandatos, conseguiu transformá-la. Mais duas vitórias na conta.

Após o mandato encerrado, conseguiu uma vitória indireta: a eleição de seu sucessor e “filho político” Gustavo Mendanha (MDB), à frente da prefeitura de Aparecida de Goiânia. Ainda assim, Vilela decidiu dar um tempo da administração pública e chegou a anunciar sua aposentadoria política.

O hiato político teve fim às vésperas do pleito municipal em 2020, motivado pela decisão do prefeito Iris Rezende (MDB) em se aposentar da vida política e não ir para a reeleição em Goiânia. Maguito viu o momento ideal para retomada e fechar sua biografia como prefeito de Goiânia. Vilela quase não participou da campanha, mas ainda assim, conseguiu se eleger. Contemplado por uma vitória no segundo turno das eleições, chorou quando ficou sabendo do resultado. Mas a covid-19 sacramentou uma terceira derrota. Triste e amarga. Dessa vez, fora das urnas.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.