O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6) que a Rússia tem “comportamento desestabilizador” e que trabalha com aliados para “se opor a ações” de Moscou.
A declaração de Trump foi dada na véspera de um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, durante o G20, em Hamburgo, na Alemanha.
“Nós não concordamos com essa abordagem”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que lamentou a falta de entendimento entre a Rússia e os EUA.
O presidente norte-americano admitiu ainda que a Rússia pode ter interferido na eleição presidencial de 2016, que o levou ao poder.
De acordo com Trump, outros países também poderiam também estar envolvidos em uma suposta interferência.
“Eu penso que poderia perfeitamente ter sido a Rússia. Acho que também poderiam ter sido outros países. Não serei específico. Mas creio que muitas pessoas interferiram”, disse Trump em Varsóvia, na Polônia.
COREIA DO NORTE
Em relação à Coreia do Norte, que testou um míssil balístico na terça-feira (4), Trump pediu para que a comunidade internacional demostre que existem “consequências”. Ele afirmou que examina uma “resposta severa” a Pyongyang.
“Eu peço a todas as nações que enfrentem esta ameaça global e demonstrem publicamente à Coreia do Norte que há consequências para seu comportamento muito, muito ruim”, disse Trump, que voltou a pedir para que aliados da Otan na Europa gastem mais com a defesa.
Nesta quarta (5), os EUA afirmaram que estão prontos para usar força militar no país asiático. O recado foi dado pela embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, que classificou o teste como uma “clara e nítida escalada militar”.
CNN
Trump disse também que a rede CNN levou “muito a sério” um vídeo publicado por ele em uma rede social.
No domingo (2), o presidente dos EUA publicou uma montagem em que ele aparece batendo e derrubando uma pessoa com o logotipo da CNN no lugar do rosto.
A postagem provocou reações no mundo inteiro. Para a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), o estilo de Trump pode incentivar atos de violência contra jornalistas. (Folhapress)