O dólar valorizou-se frente à maior parte das principais moedas mundiais nesta terça-feira (28), incluindo o real, com o alívio das preocupações em relação ao governo do presidente Donald Trump.
Além disso, o índice de confiança do consumidor americano de março ficou em 125,6 -bem acima das expectativas de analistas de 114, renovando as expectativas positivas em relação ao crescimento da economia dos Estados Unidos.
Nos últimos dias, a incapacidade do governo Trump de conseguir a aprovação, na Câmara, de seu projeto para a área de saúde gerou incertezas sobre o futuro dos planos do presidente americano de acelerar o crescimento econômico por meio de corte de impostos e elevação de gastos públicos. Assim, a moeda americana perdeu força frente a vários pares desde sexta-feira (24).
No Brasil, o dólar subiu 0,28%, a R$ 3,1400, na cotação comercial, em sua segunda sessão seguida de alta.
Contribuiu para o movimento a cautela dos investidores em relação a uma possível elevação de impostos, a ser anunciada nesta quarta-feira (29) pelo Ministério da Fazenda.
Pela manhã, o Banco Central leiloou mais 10 mil contratos de swap cambial, no montante de US$ 500 milhões. A operação equivale à venda futura de dólares.
Os juros futuros negociados na BM&FBovespa acompanharam o comportamento do câmbio e fecharam em alta, depois de caírem nos dois pregões anteriores. Neste mercado, investidores buscam proteção contra flutuações dos juros negociando contratos para diferentes vencimentos.
O Ibovespa terminou a sessão com ganho de 0,52%, aos 64.640,45 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8 bilhões.
O índice foi impulsionado principalmente pelas ações de Petrobras e Vale, ajudadas pela alta do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional.
Petrobras PN subiu 1,30% e Petrobras ON ganhou 1,73%. Os papéis da Vale ganharam 1,93% (PNA) e 1,42% (ON). Nesta segunda-feira (27), foi anunciado que o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman, foi eleito para substituir Murilo Ferreira na presidência da Vale a partir de maio.
Entre os bancos, as units do Santander caíram 7,41% e lideraram as quedas do Ibovespa, após a companhia informar que a Qatar Holdings venderá sua participação de cerca de 5% na instituição, por meio de uma oferta pública de ações.
Itaú Unibanco PN perdeu 0,33%; Bradesco PN subiu 0,56%; Bradesco ON, +1,15%; e Banco do Brasil ON, -0,63%.
Entre os frigoríficos, BRF ON subiu 4,20%, após Hong Kong ter retomado as importações de carne do Brasil, que haviam sido suspensas por causa da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. JBS ON, porém, caiu 1,95% e Marfrig ON, -1,49%. Fora do Ibovespa, Minerva ON ganhou 1,47%.
A expressiva alta da Bolsa de Nova York também contribuiu para que o mercado acionário doméstico fechasse no campo positivo. O índice S&P 500 avançou 0,78% e o Dow Jones ganhou +0,73%, beneficiados pelo aumento do índice de confiança do consumidor de março. O índice de tecnologia Nasdaq teve alta de 0,60%. (Folhapress)