O dólar caiu ante o real nesta sexta-feira (18), descolando-se do exterior, com a manutenção da estratégia do Banco Central para conter a volatilidade no câmbio.
Como consequência, o real teve a maior valorização mundial nesta sessão. A maior parte das moedas recuou, ainda com a percepção de que os juros dos EUA subirão mais rápido durante a gestão do presidente eleito, o republicano Donald Trump, que assume em janeiro.
A moeda americana à vista fechou em queda de 1,13%, a R$ 3,3874. Na semana, acumulou baixa de 0,25%.
O dólar comercial perdeu 0,90%, a R$ 3,3880. No acumulado da semana, recuou 0,26%.
Como nas duas sessões anteriores, o BC leiloou 10 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalentes à venda futura da moeda americana, no valor total de US$ 500 milhões. Também rolou 20 mil contratos do mesmo tipo que vencem em 1 de dezembro, no total de US$ 1 bilhão.
Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, avalia que muitos investidores que apostavam que o dólar pudesse avançar para R$ 3,50 desmontaram posições, o que contribuiu para a valorização do real nesta sessão. “Esses investidores perceberam que o BC não vai deixar o dólar subir muito mais.”
No mercado de juros futuros, as taxas também fecharam em baixa, acompanhando o movimento do câmbio.
Para conter a volatilidade no mercado de juros após a eleição de Trump, o Tesouro Nacional suspendeu os leilões de venda de LTN e NTN-F desta quinta-feira (17) e anunciou leilões diários de compra de NTN-F entre esta quarta (16) e sexta-feira (18).
O Ibovespa operou entre altas e baixas durante a sessão, mas fechou com ganho.
O principal índice da Bolsa subiu 0,32%, aos 59.961,76 pontos, recuperando-se em parte do tombo de 1,63% da véspera. O giro financeiro foi de R$ 7,3 bilhões. Na semana, o índice acumulou alta de 1,31%.
As ações preferenciais da Petrobras subiram 1,60%, mas as ordinárias caíram 0,24%.
Os papéis da Vale recuaram 1,42% (PNA) e 0,68% (ON).
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN avançou 0,94%; Bradesco PN, +1,73%; Bradesco ON, +1,57%; Banco do Brasil ON, +2,93%; e Santander unit, +5,47%.
Em Nova York, o índice S&P 500 caía 0,20%, após se aproximar da máxima histórica de pontuação no pregão anterior. O Dow Jones perdia 0,08% e o Nasdaq, -0,15%.
Na Europa, a maior parte das Bolsas também fechou em baixa.
Folhapress
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