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Categorias: Cidades
| Em 8 anos atrás

Dois são presos em operação que investiga desvios na Ferrovia Norte-Sul

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A Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Goiás deflagraram na manhã desta quinta-feira (25) uma nova operação para investigar suspeitas de corrupção envolvendo as obras da Ferrovia Norte-Sul.

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Batizada de “De volta aos trilhos”, a operação é um desdobramento da Lava Jato e uma nova etapa das Operações O Recebedor e Tabela Periódica. São investigados crimes de lavagem de dinheiro decorrente do recebimento de propina nas obras da ferrovia

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Na operação conjunta, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, quatro mandados de condução coercitiva e sete mandados de busca e e apreensão nos Estados de Goiás e Mato Grosso.

Foram alvos de mandados de prisão Jader Ferreira das Neves, filho do ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, e o advogado Leandro de Melo Ribeiro. Juquinha foi alvo de condução coercitiva.

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Os mandados foram solicitados pelo Ministério Público de Goiás e concedidos pelo juiz substituto da 11ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Os pedidos foram feitos com base na delação premiada de executivos das construtoras Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez, que confessaram o pagamento de propina a Juquinha, então presidente da Valec.

As investigações da Polícia Federal em Goiás também levaram à identificação e localização de parte do patrimônio ilícito mantido oculto em nome de laranjas.

Juquinha e seu filho Jader são suspeitos de lavagem dinheiro oriundo de propina e de ocultação de patrimônio. O advogado Leandro de Melo Ribeiro é suspeito de ser laranja de Juquinha e seu filho, além de ajudá-los na ocultação do patrimônio.

Também foi conduzido coercitivamente para depor o advogado Mauro Césio Ribeiro (sócio e pai de Leandro), além de Jeovano Barbosa Caetano e Fábio Junio dos Santos Pereira, suspeitos de prestarem auxílio para a execução de atos de lavagem.

As buscas e apreensões têm como alvo as casas dos investigados, a sede das empresas Pólis Construções e Noroeste Imóveis, que funcionariam no escritório de advocacia de Mauro Césio e Leandro Ribeiro, e a sede da Imobiliária Água Boa.

Juquinha e seu filho já foram condenados na ação penal resultante da operação Trem Pagador por formarem quadrilha e lavarem aproximadamente R$ 20 milhões oriundos de crimes de cartel, fraudes em licitações, peculato e corrupção nas obras de construção da Ferrovia Norte-Sul. Os dois aguardavam o julgamento de seus recursos em liberdade.

Segundo a Procuradoria, as prisões foram pedidas porque foi apurado que os investigados, mesmo depois de condenados, continuam a cometer crimes de lavagem de dinheiro, estão produzindo provas falsas, além de custear parte de sua defesa com dinheiro de propina.

A Justiça também decretou o sequestro e apreensão de bens que pertenceriam a Juquinha e seu filho Jader, mas que estariam em nome de terceiros. Entre os bens estão apartamentos, casa populares e duas aeronaves.

 

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