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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Doença que matou cantor Belchior, dilatação da aorta é silenciosa e fatal

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Chamado de doença silenciosa, o aneurisma da aorta faz jus ao nome. Responsável pela morte do cantor e compositor Belchior, aos 70 anos, no dia 30 de abril, ele não dá nenhum aviso prévio e, na maioria dos casos, é fatal.

Aneurisma significa dilatação. E aorta é o maior vaso sanguíneo do corpo humano. O sangue bombeado pelo coração passa pela aorta e é “distribuído” pelos órgãos. Quando a aorta se dilata, suas paredes ficam mais frágeis e podem se romper com a pressão sanguínea.

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“Uma ruptura da aorta, como a que teve o Belchior, mata 90% das pessoas que tem”, diz o médico Marcelo Moraes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

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“A maioria dos aneurismas, quando são pequenos, não tem sintoma nenhum, nem dor. Eles são reconhecidos por exames de imagem, feitos por outros motivos, como um ultrassom abdominal ou uma tomografia para tumor de próstata. Quando o aneurisma apresenta sintomas é porque já é perigoso, tem o risco de romper”, diz. O socorro deve ser imediato.

Não existe um estudo exato no Brasil sobre as mortes causadas por esse mal. Mas, com base nos números mundiais, é possível dizer que o aneurisma é responsável por 10% das mortes de pessoas entre 75 e 80 anos.

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“Com o aumento da expectativa de vida, tem sido observada uma incidência mais elevada de aneurismas na população acima de 65 anos, onde a prevalência chega a 6%”, diz o médico Julio César Saucedo Mariño, cirurgião vascular e especialista em aneurismas do hospital Sírio-Libanês.

Controlar a pressão e o nível de colesterol e não fumar pode ajudar a evitar a dilatação desse vaso.

Uma vez diagnosticado, o que vai ditar o tratamento é o tamanho do aneurisma. Pode-se fazer um corte no abdômen ou a colocação de uma prótese utilizando uma sonda inserida pela virilha. “É necessário um acompanhamento rigoroso e contínuo”, diz Mariño.

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