A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que tomou posse nesta segunda-feira (18), oficializou os nomes de oito integrantes que passam a compor o Grupo de Trabalho da Lava Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República).
Dodge manteve apenas 2 dos 10 procuradores que atuavam no grupo na gestão anterior, de Rodrigo Janot.
Os nomes foram publicados nesta terça (19) no “Diário Oficial da União”. A nova procuradora-geral também especificou na portaria as atribuições dos membros do Grupo de Trabalho da Lava Jato.
Eles trabalharão em regime de dedicação exclusiva, poderão tomar depoimentos, participar de audiências judiciais, solicitar documentos que auxiliem na investigação e participar da celebração de acordos de delação premiada. As funções são similares às da gestão anterior.
O Grupo de Trabalho da Lava Jato será composto pelos procuradores Herbert Reis Mesquita, José Alfredo de Paula Silva (coordenador), José Ricardo Teixeira Alves, Luana Vargas Macedo, Marcelo Ribeiro de Oliveira, Raquel Branquinho, Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento Costa.
Os dois últimos, Noleto e Costa, são os remanescentes do antigo grupo nomeado por Janot.
A portaria assinada por Dodge também subordina o Grupo de Trabalho da Lava Jato à recém-criada Secretaria da Função Penal Originária junto ao Supremo Tribunal Federal, sob responsabilidade de Branquinho.
Os membros têm experiência na área criminal. Raquel Branquinho e o coordenador José Alfredo Silva, por exemplo, atuaram nas investigações do mensalão.
Dodge também instituiu um grupo para auxiliar na transição dos trabalhos, por 30 dias. O grupo de transição é formado por cinco procuradores da equipe de Janot: Fernando Antonio Oliveira Junior, Melina Castro Flores, Rodrigo Telles de Souza, Sérgio Bruno Fernandes e Wilton Queiroz de Lima.
Os atos assinados pela nova procuradora-geral no primeiro dia de trabalho oficializam ainda outras mudanças que ela já havia anunciado, como as nomeações para a chefia de gabinete (procuradora Mara Elisa de Oliveira) e para a Secretaria-Geral Jurídica (Alexandre Camanho). (Folhapress)