ALEXANDRE COSSENZA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Com uma atuação soberba, o sérvio Novak Djokovic venceu com facilidade o espanhol Rafael Nadal, neste domingo (27), e conquistou pela sétima vez o título do Australian Open, se isolando como maior campeão do Grand Slam. Ele superou o australiano Roy Emerson e o suíço Roger Federer, ambos com seis títulos.
Este foi o 15º título de Grand Slam de Djokovic, que se isola em terceiro lugar entre os maiores vencedores de torneios desse nível entre os homens, passando Pete Sampras (14) e se aproximando de Nadal (17).
O maior vencedor de Slams é Federer, com 20 troféus.
“[Sampras] foi alguém em quem sempre me inspirei. Quando comecei a jogar tênis, uma das primeiras imagens que lembro é dele jogando em Wimbledon em 1993, quando conquistou seu primeiro título ali”, contou Djokovic. “Tinha como objetivo ser um dia tão bom quanto Pete [Sampras]. Superar ele em títulos de Grand Slam, me deixa sem palavras”, completou.
Na final deste domingo (27), em Melbourne, o número 1 do mundo dominou do começo ao fim e venceu a partida por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/3, em um confronto muito menos parelho do que era esperado.
A conquista ratifica o domínio de Djokovic no cenário atual do tênis. É o terceiro título seguido do sérvio em Grand -em 2018, ele conquistou os títulos de Wimbledon e do US Open.
“Acho que cometi 15 erros não forçados nas últimas duas partidas. É uma surpresa muito boa para mim. Mesmo tendo sempre acreditado que poderia jogar dessa forma, me ver jogando nesse nível…
Foi realmente a partida perfeita”, afirmou o sérvio após o jogo.
“Tive duas ótimas semanas, para ser honesto. Não posso ficar triste”, afirmou Nadal. “Ele [Djokovic] jogou melhor do que durante todo o torneio. Quando ele joga nesse nível, é muito difícil para qualquer um vencê-lo”, reconheceu o espanhol.
A vitória deste domingo também aumenta a vantagem de Djokovic na liderança do ranking mundial. Quando a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) atualizar sua lista, na segunda-feira (28), o sérvio terá 10.955 pontos, enquanto Rafael Nadal (segundo colocado) somará 8.320.
A grande mudança no top 10 será a queda de Roger Federer, que cairá do terceiro para o sexto posto após não conseguir defender seu título em Melbourne.
O primeiro set da partida deste domingo foi um massacre. Enquanto Nadal entrou em quadra tentando jogar mais perto da linha e cometendo mais erros do que de costume, Djokovic mostrava precisão e não deixava o oponente à vontade. O sérvio venceu 12 dos 13 primeiros pontos da partida, anotando uma quebra de saque e rapidamente abrindo 3/0.
Aos poucos, Nadal se recuperou e começou a confirmar seus saques, mas não conseguia quebrar o serviço do sérvio, que só perdeu um ponto enquanto sacava em todo o set e fechou a primeira parcial em 6/3.
A segunda parcial não foi tão diferente. Rafael Nadal continuou errando mais do que de costume e ameaçando pouco os games de serviço do número 1. O máximo que o espanhol conseguiu foi levar o sexto game a “iguais”, mas sem break point. A essa altura, Djokovic, que já liderava o set por 3/2, não só confirmou o saque como conseguiu outra quebra na sequência para abrir 5/2. Com três aces no oitavo game, Djokovic fechou o segundo set em 6/2.
Nadal, que nunca havia perdido uma final de Grand Slam por 3 sets a 0, continuava cometendo muitos erros. Quando o espanhol conseguia ganhar ralis e pontos importantes, Djokovic respondia em seguida.
Sufocando o adversário e variando bolas fundas e curtas, o número 1 anotou mais uma quebra de saque no terceiro game do terceiro set. Com mais uma quebra, esta no nono game, Djokovic garantiu seu sétimo título em Melbourne fechando o terceiro set em novo 6/3.