Prefeitura de Aparecida de Goiânia concede reposição e ganho real de salário aos servidores públicos. Foto: Divulgação Foto: Divulgação
O secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, Carlos Eduardo de Paula Rodrigues, afirma que a dívida deixada pela gestão do ex-prefeito Vilmar Mariano ultrapassa os R$ 425 milhões. De acordo com ele, foram descobertos 248 processos engavetados pela equipe de finanças anterior, que somaram mais R$ 95 milhões em dívidas.
Entre os débitos pendentes estão valores a pagar à gestão do Hospital Municipal de Aparecida (HMAP), à coleta de lixo, ao subsídio do transporte e até a internet da Prefeitura de Aparecida. O detalhamento apontou dívida de R$ 25,5 milhões do subsídio do transporte coletivo; R$ 24 milhões em aberto a gestão Albert Einstein e R$ 1,2 milhão acumulado em débitos com o provedor de internet.
Até então, o prefeito de Aparecida Leandro Vilela havia anunciado que assumiu a gestão com dívida acumulada em R$ 300 milhões. Com a descoberta de novos débitos a situação ficou ainda mais complicada. Somente os custos da folha de pagamento dos servidores é de R$ 58 milhões com os encargos.
Conforme a atual gestão, o ex-prefeito preferiu pagar R$ 135 milhões para alguns fornecedores no último mês de mandato em vez de quitar a folha de pagamento dos servidores da Prefeitura de Aparecida. A gestão do novo prefeito Leandro Vilela encaminhou um relatório nesta semana para o Tribunal de Contas dos Munícipios (TCM), que vai apurar esses pagamentos.
Durante o lançamento da força-tarefa de recuperação das ruas e avenidas de Aparecida, na quarta-feira (8), o prefeito Leandro Vilela reiterou que atualmente não há verbas suficientes em caixa para a quitação das dívidas. “Foi deixado um rombo de 400 milhões de reais, era 300 milhões, ontem apareceu mais 95 milhões”, declarou o prefeito.
Vilela confirmou que não há previsão para os pagamentos, mas destacou que os salários de dezembro são prioridade. “Não temos recursos em caixa, infelizmente. Mas, assim que for entrando os recursos, nós vamos fazer um cronograma e vamos pagar. É fato. Nós vamos pagar e nós vamos honrar com os servidores”, garantiu.
O secretário da Fazenda, Carlos Eduardo de Paula Rodrigues, afirmou que a gestão do prefeito Vilela já está adotando medidas de austeridade para superar a crise financeira. Entre as providências tomadas estão o corte de 30% no quadro de servidores comissionados, economia de água e energia nos prédios públicos e negociação com fornecedores para buscar o parcelamento dos débitos.
“Estamos numa equação econômica difícil de resolver num curto prazo. Mas uma providência que já estamos tomando é rever com lupa cada fatura paga e não paga para saber se não houve superfaturamento”, explicou o gestor.